É quase obsessiva a relação que algumas pessoas desenvolvem com sua conta pessoal no Instagram. Dediquei meu fim de semana a observar desde contas com muitos K’s de seguidores, como aqueles que acabaram de dar início a sua aparição nessa rede social e estão em busca de “instagrameiros que possam entrar na lista de “seguindo”.
Rola um tipo de invejinha quando em um encontro pessoal começa-se a dizer quantos seguidores um “instagramer” tem e por que os tem. No mundo da gastronomia, por exemplo, é comum ouvir daqueles que possuem K’s de seguidores que sua presença no Instagram nada mais é que puro hobby. Ou seja, é como se fosse algo descompromissado, tipo: eu posto uma bobagem e bomba! Essa versão não me convence. A não ser que o hobby seja um tipo de terapia pró-autoestima, algo como “você me segue, me curte e eu me acho”.
Na verdade, a conquista de seguidores exige muitas horas de queixo colado quase no esterno e com o olhar fixo no celular (dizem que a posição privilegia o aparecimento da papada).
Mais que o próprio Facebook, o Instagram tem o dom de fazer do anônimo uma celebridade (ao menos, parece-me, as pessoas acreditam nisso).
O Instagram contempla ainda comunidades de anjos da guarda, as boas almas da rede social. São os curtidores de plantão. Você posta e em dois segundos o “like” está lá registrado, fazendo surgir um sorriso enorme no seu.
No fundo, essa coisa de Instagram pode ajudar mesmo os que estão carentes de atenção e os que têm muito amor pra dar. É uma troca de gentilezas.
Admito que eu mesma já me peguei sorrindo quando vi que determinado alguém colocou um coraçãozinho na minha foto. Pode parecer ridículo, mas é real.
Deixe um comentário