A Petrobras registrou prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado, ante lucro de R$ 23,6 bilhões em 2013. O temido desvio de recursos ficou dentro do esperado: R$ 6,2 bilhões. Mais do que o pagamento de propinas, no entanto, o que pesou no resultado da empresa foram decisões erradas de investimento e mau gerenciamento. Estas iniciativas ruins resultaram em uma baixa contábil de R$ 44,6 bilhões no valor da companhia.
A divulgação do balanço da estatal auditado, com meses de atraso, ao menos tirou um bode da sala. Sob a batuta de de Aldemir Bendine, espera-se que a companhia recupere o prestígio junto aos investidores. E também que as agências de classificação de risco vejam com bons olhos a “limpeza” nos números da Petrobras, com a assunção de políticas equivocadas.
Mas a publicação dos números não livra a companhia de um futuro delicado. Terá de continuar a vender ativos, para fazer caixa. Tentará, ainda, fazer captações no mercado brasileiro, emitindo títulos de dívida. Os juros cobrados pelos investidores serão um ótimo termômetro da recuperação, ou não, da confiança.
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