Manual do perfeito midiota – 7

 

 

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Você assiste ao Jornal Nacional e se impressiona com as caras e bocas dos apresentadores quando falam da economia brasileira? Fica assombrado com as manchetes catastrofistas dos principais diários do País? Repete por aí o que dizem os comentaristas das emissoras de maior audiência? Acha realmente que o Brasil foi para o ralo, e que a causa é o modelo econômico que desperdiça recursos com programas sociais?

Esses são sintomas muito claros de midiotice, que impede de ver distorções entre a realidade e o retrato pintado pela mídia hegemônica.

Por exemplo, você entendeu o que significou a manutenção da taxa oficial de juro, quando todos os especialistas apostavam num novo aumento de 0,5 ponto porcentual?

Nem se pergunta o que os especialistas vão fazer com as apostas que deram errado?

Bem, o autêntico midiota realmente não se propõe esses questionamentos e absorve como verdadeiro tudo que encontra no chamado ecossistema da imprensa tradicional.

Mas, não seria o caso de fazer uma pequena reflexão? Por exemplo, se o Brasil realmente está no fundo do poço, por que você precisa esperar uma hora ou mais para conseguir uma mesa naquele restaurante?

Vou dar aqui uma lista de livros interessantes que ajudam a entender de que lado está a mídia tradicional: A Armadilha da Globalização, de Hans-Peter Martin e Harald Schumann, O Horror Econômico, de Viviane Forrester, A Economia da Desigualdade, de Thomas Piketti.

Christian Bale em cena do filme "A Grande Aposta". Foto: Reprodução/IMDb
Christian Bale em cena do filme “A Grande Aposta”. Foto: Reprodução/IMDb

O que você vai concluir dessas leituras: uma aliança tácita entre o poder econômico e a imprensa dá corpo e voz ao discurso da unanimidade contrária a qualquer tentativa de esclarecimento das muitas e profundas contradições do sistema financeiro mundial.

Se fica difícil ler até o fim um livro que ameaça tirar você dessa condição, vá ao cinema. Está em cartaz o filme A Grande Aposta, baseado no livro do ex-corretor de valores Michael Lewis, que escreve para a agência Bloomberg News. Ali está desenhada, de forma didática, a origem da crise que o Brasil enfrenta. Você vai entender como aconteceu a crise financeira de 2008 e de como ainda pagamos os prejuízos causados pela grande fraude de Wall Street.

Mark Spitznagel, que na ocasião ganhou um bilhão de dólares ao apostar  contra as especulações com a securitização de financiamentos imobiliários, vem anunciando uma nova quebra no mercado mundial de ações. Boletins de analistas americanos, como os da Newsmax Finance, alertam que grandes fundos de investimento estão com excesso de liquidez e que o sistema produziu uma gigantesca bolha, como a que explodiu em setembro de 2008.

Eles precisam encontrar ativos mais sólidos para aplicar seu dinheiro virtual. Não é difícil adivinhar quanto interesse teriam em governos favoráveis a uma massiva privatização de bens públicos, certo?

Quando você acha que vai ler isso na imprensa hegemônica ou ouvir um comentário daquele seu colunista tão apreciado?

O que isso tem a ver com o noticiário demonizando o governo, a política econômica brasileira e pregando a conveniência de entregar o País aos caprichos do mercado?

Você repete o discurso hegemônico da imprensa. Você é um midiota.

Então, por que ficar macaqueando que o Brasil foi à falência por culpa dos políticos se, no final, é você quem vai pagar a conta?

Para ler: “George Soros alerta para novo crash”, em Business Insider.

*Jornalista, mestre em Comunicação, com formação em gestão de qualidade e liderança e especialização em sustentabilidade. Autor dos livros “O Mal-Estar na Globalização”,”Satie”, “As Razões do Lobo”, “Escrever com Criatividade”, “O Diabo na Mídia” e “Histórias sem Salvaguardas”


Comentários

17 respostas para “Manual do perfeito midiota – 7”

  1. Roni, tem certeza que você leu mesmo o texto? O Luciano Martins insinua o tempo todo que o atual governo contraria os interesses do sistema financeiro, e que esse seria um dos motivos do catastrofismo midiático, com o objetivo de derrubar o atual governo e colocar no lugar um outro mais dócil aos interesses do mercado.

    Olha um exemplo: “Eles precisam encontrar ativos mais sólidos para aplicar seu dinheiro virtual. Não é difícil adivinhar quanto interesse teriam em governos favoráveis a uma massiva privatização de bens públicos, certo?”

    E mais outro: “O que isso tem a ver com o noticiário demonizando o governo, a política econômica brasileira e pregando a conveniência de entregar o País aos caprichos do mercado?”

    Ora, fica claro que o Luciano Martins considera que o Brasil ainda não foi entregue aos interesses do mercado, e que isso ocorreria somente num eventual governo dos malvados tucanos. O problema é que nenhuma pessoa inteligente e bem informada (atributos que certamente o LMC têm de sobra) pode realmente acreditar numa coisa dessas. A realidade nos mostra diariamente, há mais de uma década, que os petistas deram continuidade à política econômica dos tucanos. Se ocorreram algumas mudanças, foram cosméticas. Querer convencer as pessoas do contrário é desonestidade pura. O Luciano Martins critica os “midiotas” da grande mídia enquanto tenta enganar os “midiotas” governistas.

    Eu sei que o artigo se refere ao catastrofismo midiático. E concordo que realmente há um exagero. Aliás, deixei bem claro no meu comentário que também considero a grande imprensa um horror. Mas não me parece adequado usar a crítica à mídia para defender o governo. A meu ver, PT, PSDB, Estadão, Revista Veja, Carta Maior, Revista Fórum, etc., – inclusive este veículo aqui -, são todos farinha do mesmo saco.

    O desvirtuamento do jornalismo com fins político-partidários é idêntico, seja na grande imprensa ou nos veículos governistas. E infelizmente as críticas do Luciano Martins sempre são direcionadas a apenas um lado, desde a época do Observatório da Imprensa. Achei bastante simbólico o fato de ele próprio ter vindo trabalhar num veículo que defende o governo.

    Onde estão os “espantalhos” do meu texto? Se você se sentiu ofendido por ser um leitor da mídia governista, não posso fazer nada. Repito: não consigo ver NENHUMA diferença entre leitores da Veja e, por exemplo, do Conversa Afiada. São exatamente o mesmo lixo, apenas estão em lados opostos da disputa pelo poder.

    Me diga em qual momento eu desvirtuei o assunto. Estou tratando agora – assim como no comentário anterior – exatamente do tema principal do artigo. O Luciano Martins há muito tempo usa a crítica da mídia para defender o governo, e acaba sendo tão tendencioso quanto aqueles que critica. Eu acho isso uma tristeza. Durante vários anos apreciei bastante as análises que ele publicava no Observatório, mas a partir das eleições de 2014 se tornou impossível continuar levando a sério os seus artigos. Não digo isso com prazer. É uma pena que a internet e os veículos alternativos estejam sendo desperdiçados dessa forma. Em vez de formarem pessoas críticas e intelectualmente autônomas, estão formando uma tropa de choque raivosa que não aceita nenhuma crítica ao governo e afirma que todos os males do país foram causados pelo PSDB.

    Vocês, governistas, precisam aprender a lidar com as críticas vindas da esquerda. Eu sei que é mais fácil discutir com os lunáticos fãs do Bolsonaro, mas certamente não é deles que virão as críticas realmente construtivas.

    1. Rodrigo, o termo “interesses do mercado” é bem abstrato e genérico, não diz nada.

      O que ele afirma, em dos trechos que você postou, é que há grandes fundos de investimentos com interesses em governos favoráveis às massivas privatizações de bens públicos. Atente para o termo “massivas”, que significa algo muito maior que o normal. O PT fez privatizações, mas não podem ser chamadas de “massivas”. É esse o ponto central do argumento. Apesar dos lucros bancários e privatizações, a mídia não apoia a política econômica do governo, por não ser liberal o suficiente, como não ter privatizado a saúde e a educação, por exemplo – por ainda ter as politicas sociais etc. Por isso o catastrofismo: o PT contraria o desejo da mídia que estaria em conluio com fundos de investimentos interessados em governos liberais para aplicar seu dinheiro. Não é por acaso que o autor também menciona que a mídia prega “a conveniência de entregar o País aos caprichos do mercado”. Ou seja, supostamente o país teria proveito caso o governo fosse muito mais liberal.

      Os interesses de certos fundos de investimento são os mesmos interesses de todo “sistema financeiro”? Penso eu que não. Acho que se trata de algo muito mais complexo.

      Não acredito em PIG, detesto PHA, não sou defensor do PT. Portanto, não sou governista e apesar de ler um ou dois sites da mídia governista, tenho senso crítico. E até concordo que não tem diferença entre leitores da VEJA e do Conversa Fiada. Até digo que PHA é o Reinaldo Azevedo do governismo.

      O espantalho está em você distorcer o que foi dito no texto, mas não vou dizer aqui que foi de má fé. E criticar a mídia governista em um texto que não tem nada a ver é, na minha visão, desvirtuar o assunto.

      1. Respeito os teus argumentos, Roni. Mas as tuas colocações não contrariam totalmente o que eu disse. Esse papo de que o PSDB privatizaria ainda mais, retiraria ainda mais direitos trabalhistas e sociais, é justamente o que o atual governo vem utilizando para se manter no poder – o famigerado “mal maior”. E a minha crítica ao Luciano Martins decorre exatamente disso, da utilização desses conceitos “abstratos e genéricos” – como você mesmo descreveu – sem a necessária contextualização.

        Certamente a mídia tem seus interesses num possível governo tucano, mas isso não quer dizer que todas as críticas que a imprensa faz ao governo petista sejam injustas ou que a relação entre ambos se resuma a esse conflito. Do jeito que o Luciano Martins analisa, fica parecendo que o governo é apenas vítima. Em muitos casos existe até uma convergência de interesses entre governo e imprensa. A gente não vê na grande mídia, por exemplo, análises aprofundadas sobre a construção da usina de Belo Monte, ou sobre os recuos do governo na área de direitos humanos. Além disso, o PT já está há 13 anos no poder e não fez nada para tornar a comunicação mais democrática. Entendo que o quadro é bem mais complexo do que mídia golpista versus PT coitadinho.

        Eu gostaria que o Luciano Martins fosse menos tendencioso, fizesse uma crítica mais ampla, apenas isso. Quando utiliza o conceito de “midiota”, me parece que seria adequado dizer que existem “midiotas” também do outro lado. Se tivéssemos uma mídia alternativa de melhor qualidade, talvez ela pudesse neutralizar os estragos feitos pela imprensa hegemônica. Em vez disso, o que vemos é uma enxurrada de desinformação de ambos os lados. Uma análise que não considere isso é incompleta. Por isso fiz questão de citar a mídia governista. É um tema que tem tudo a ver com o artigo do Luciano, não se trata de desvirtuamento nenhum, ao contrário do que você afirmou.

        Bom, sei que a discussão já se estendeu demais, mas prometo que este será meu último comentário. Abraço!

  2. Os críticos que apareceram até agora desvirtuaram totalmente o assunto. Comentários sobre o que está sendo debatido no texto, que critica com razão o catastrofismo propagado pela mídia, não existem. Um acusa o autor do texto de ser pago pelo governo em um comentário tão bizarro que ele no fim conclui que está um site de seguidores do “socialismo bolivariano” (ele nem deve saber o que significa). Outro aparece com um comentário cheio de espantalhos. Fala que o autor do texto é desonesto porque supostamente afirma “que o atual governo contraria os interesses do mercado financeiro”, sendo que isto não é dito em NENHUM momento do texto.

    O autor não negou a crise econômica em nenhum momento. O que ele afirma é que a imprensa tem um discurso catastrofista, fazendo parecer que estamos indo para o buraco, e que há interesses por trás disto. Também não chamou todos que leram o texto de midiotas, como afirma o sr.revoltado acima, chamou quem repete cegamente o discurso da mídia hegemônica. Se a carapuça serviu, paciência.

    Ótimo texto, sr. Luciano.

    1. Bem, das duas uma: ou o autor mudou de perfil e passou a ser um “fake” (talvez haja mais fakes aqui nos comentários…), ou temos a presença de um autêntico exemplar de um MAV; e que neste caso, não seria um exemplo de um midiota da imprensa, mas sim, um midiota de ideologia que entendeu tudo ao avesso!
      Olha, está muito bem frequentado o blog… vai ser um sucesso absoluto… de zumbis!!!
      O texto, atingiu o seu objetivo!!!

    2. Bem, das duas uma: ou o autor mudou de perfil e passou a ser um “fake” (talvez haja mais fakes aqui nos comentários…), ou temos a presença de um autêntico exemplar de um MAV; e que neste caso, não seria um exemplo de um midiota da imprensa, mas sim, um midiota de ideologia que entendeu tudo ao avesso!
      Olha, está muito bem frequentado o blog… vai ser um sucesso absoluto… de zumbis!!!
      O autor do texto, atingiu o seu objetivo!!!

      1. A boa e velha falácia ad hominem. Caro sr. Anton, se não tem argumentos para rebater a mim e ao autor do texto, ao menos seja homem para admitir, em vez de ficar tentando desqualificar o interlocutor. Chama os outros de zumbi, mas o que você fez aqui além de repetir os velhos chavões da direita? Deveria se olhar no espelho antes de acusar alguém, pois chamar o governo de “socialista bolivariano” (???), quando sequer sabe do que está falando, é que é agir como um autêntico zumbi. Deste que forma opinião em memes exaltados de Facebook e colunistas raivosos na mídia. Acho que você ficou com raiva do texto porque ele deve dizer muito de você. Enfim, nem vou mais perder meu tempo com quem banca de crítico e intelectual, mas que separa sujeito e verbo com vírgula.

        Um abraço para você, sr. Anton. Podemos discordar em tudo, mas nunca se deve perder a cordialidade.

        1. Sr. Roni: realmente a idoneidade e a sinceridade não é o seu forte e a sua falácia falsa é comparável a sua origem ideológica – “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” – que é igual a nada.
          Mas esse é problema seu e você vai responder por isso mais cedo ou mais tarde; nem te preocupa… cuide-se, que a sua mentira pode dar certo em 99 de 100 vezes; mas numa você vai cair com ou sem pompa ou pose…

  3. Luciano, com todo o respeito, seus argumentos são extremamente desonestos. Dizer que o atual governo contraria os interesses do mercado financeiro é desrespeitar a inteligência das pessoas. É negar a realidade de privatizações e lucros bancários astronômicos. Mas tudo bem, não vou perder meu tempo argumentando, pois você sabe disso melhor do que eu.

    Fico feliz de ver que finalmente você encontrou um espaço adequado para divulgar seus textos. Não pegava bem para o Observatório da Imprensa publicar as suas defesas apaixonadas do governo – mesmo que sob o disfarce de análise da mídia. E para você deve ser bem mais confortável fazer essa defesa de forma explícita, sem precisar recorrer a malabarismos verbais para tornar o texto compatível com a linha editorial do OI.

    Só tenho uma dúvida: se quem acompanha e confia nos veículos da grande imprensa – que de fato são horríveis e praticam o oposto daquilo que se espera do jornalismo – é classificado como “midiota”, qual a definição para que quem adota a mesma credulidade em relação aos veículos governistas até a medula, como a própria Brasileiros? Qual a diferença entre o leitor que reproduz acriticamente tudo o que é publicado pela imprensa hegemônica e aquele que faz o mesmo quando se trata da mídia governista?

    Não me leve a mal, mas eu tinha certeza de que você acabaria escrevendo em algum veículo governista. Na época do Observatório, eu achava uma pena que a indispensável crítica à imprensa fosse distorcida com fins partidários. Não sei se a sua saída do OI foi motivada pela tendenciosidade dos seus textos, mas, de qualquer forma, acabou sendo melhor para todo mundo.

    Sei que talvez este meu comentário nem seja publicado, afinal de contas, não convém dar voz às pessoas que não estejam inseridas na polarização PT-PSDB.

  4. Avatar de Luciano Martins Costa
    Luciano Martins Costa

    Caro sr. Anton. Quem lê jornais e assiste ao noticiário televisivo, e além disso leva em conta os comentários dos especialistas em generalidades que proliferam nas emissoras de rádio e acompanha sofregamente tudo que circula nas redes sociais digitais, está incurso no arco de seres humanos que estão sendo estudados por especialistas em comunicação de algumas das melhores universidades do mundo. Esse espectro vai do indivíduo profundamente elaborado, que é capaz de filosofar sobre o mundo midiatizado, até o perfeito midiota. O midiota se aproxima da perfeição na medida em que acredita e repete mecanicamente tudp que vê na mídia. Há midiotas de “direita” e de “esquerda”, sendo que, no Brasil, há um tendência clara a que os mais conservadores sejam também os mais crédulos quanto ao que diz a imprensa hegemônica.
    O contexto teórico considerado por esses estudiosos tem como objeto o que em língua inglesa se chama “media literacy” e que, em português, é chamado, principalmente no núcleo de estudos específicos da Universidade de São Paulo, como Educomunicação. Trata, como se pode depreender, de uma educação especial que habilita o indivíduo a entender o conteúdo da mídia e formular sua própria opinião a respeito dos assuntos abordados. O pressuposto de tal disciplina é que a mídia tem uma função social que vai muito além da tecnologia e dos recursos financeiros usados para fazer com que aconteça a comunicação.
    Quanto ao resto do comentário, suponho que seja fruto de sua irritação, não de reflexão. a propósito, este jornalista não recebe proventos, benefícios, privilégios ou qualquer outra vantagem de governo de nenhuma espécie.

    1. Avatar de Paulo Anton
      Paulo Anton

      Qualquer “educação especial”, a que o Sr. se refere e que não considera a realidade real (só a virtual), não é capaz de formar opinião concreta e analítica de nenhum ser humano; nem aqui e nem na China. Sugiro urgentemente que revise os seus contextos teóricos!
      Além do mais, a imprensa não é imparcial; e sim parcial. Portanto, publica o que lhe pagam e quem mais paga.
      Ninguém aqui nasceu ontem; essa conversa mole, de “rebaixar” os leitores que não concordam com a tese e a teoria retrógrada da esquerda é mal intencionada e com interesses ambíguos, subliminares e escusos fruto de uma lavagem cerebral de décadas em balcão de bar de Universidades onde e “somente onde”, tal teoria funciona.

      1. Avatar de Luciano Martins Costa
        Luciano Martins Costa

        Entendi, sr. Anton. Não vou contrariá-lo. Percebo o que há por trás dessa máscara. É exatamente disso que tratamos aqui, quando dizemos a que serve a midiotização de parte da sociedade brasileira. O sr. não parece ter os sintomas da midioticidade, uma vez que declara considerar a imprensa absolutamente não confiável, por parcial e “vendida a quem mais paga”.

        1. Avatar de Paulo Anton
          Paulo Anton

          Também entendi, Sr. Luciano…

          O Sr. por um acaso, não é humano?
          Antes de ser jornalista o Sr. não torce pra nenhum time de futebol, não crê em nenhuma religião, não adota nenhuma ideologia política, não é mesmo???…
          E pelo que vi no texto e nas suas respostas, o Sr. não fala mal de nenhuma das coisas de que “gosta”…
          Portanto, o Sr. como jornalista, não deveria ser “imparcial” antes de julgar os seus leitores ou quem quer que seja?????
          ===>>> Vou lhe dizer uma coisa que vejo, que sinto muito em alta nesta última década no país com este desgoverno e com esta ideologia falsa, sórdida e opressora: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”!
          Este é o lema que vejo descaradamente sendo utilizado em todos os setores e áreas deste país e com um agravante: não questione… a cúpula opressora não gosta de questionamentos de nenhum tipo ou gênero conforme o lema descreve abertamente!

          A midiotização da sociedade brasileira é mais grave e ampla do que se pode imaginar e acontece há décadas piorando diariamente: ela começa pelos ditos “intelectuais” e governantes mal intencionados por permitir que apenas uma emissora midiática atinja a 99,999999999% do território brasileiro e por dinheiro recebido dos próprios, faça a população de midiota tonta.
          Mas claro, quem percebe o contrário, “não pode ser certo”… e não pode questionar; questionar incomoda! Só lamento…

  5. Parabéns pela coluna. Estava navegando nas notícias relacionadas ao engodo politico que vivemos e mergulhei nesse blog. Gostei muito das suas colocações. Vivemos um tempo em que a sociedade passou a ser massa de manobra em estratificações maiores que as habituais. Com discursos polarizados e, muitas vezes, mais radicais daqueles que buscam criticar.

    Não vemos a busca por reformas e práticas de governança da máquina pública com o objetivo de sanar problemas estruturais no país. Pelo contrário, ainda vemos um país desmantelado com cobranças e promessas vazias seguido da rotina de acreditar na “velha política do menos pior”.

  6. Avatar de Paulo Anton
    Paulo Anton

    Uma pergunta: tanto lero – lero “sério” para no final do texto, ofender ao leitor chamando-o de “midiota”?
    Não seria mais simples informar no começo do texto, quanto o “ilustre” jornalista ganha do governo para defendê-lo e dizer quem é o midiota por aqui; do que escrever este tipo de texto, e tentar “midiotizar” o leitor?
    A pergunta correta não seria, ao invés de, “midiota”… chamar o brasileiro que questiona o desempenho e a incompetência social, econômica e política, além de, administrativa do governo federal; e que é a grande maioria do povo brasileiro que não é cego, de REALISTA?
    Chame-o de realista, por favor!
    Soaria muito melhor e daria muito mais credibilidade as suas palavras…
    A pergunta do verdadeiro “midiota” cabe a você (autor deste texto responder), visto que, estamos curiosos e queremos saber a sua resposta sobre esta colocação no seu texto: ” o autêntico midiota realmente não se propõe esses questionamentos e absorve como verdadeiro tudo que encontra no chamado ecossistema da imprensa tradicional”.
    Ora, faça um favor, e troque a última palavra – tradicional – por “vermelha” ou “dos MAV” e faça a sua reflexão. Estamos curiosos para ouvir a sua opinião, que não é nada mais do que a de nenhum brasileiro.

    ***Obs.: Provavelmente o meu comentário não virá para os leitores, visto que, toda esta “tchurma” da bandeira vermelha e sob o efeito da lavagem cerebral do histórico fracasso do socialismo bolivariano (que funciona só no papel ou com o $$$ dos outros…), não aceita questionamentos ou melhor, envolve a “história” como razão e fundamento para todas as situações; inclusive, para responder a uma pergunta simples de como está o tempo lá fora… bastando para isso, apenas tirar o rosto do computador e olhar pela janela…

    *** Obs. 1: Não conseguir mesa no restaurante??? Bem tem várias opções que podem explicar muito melhor a situação do que a sua pergunta. Vamos a algumas:
    – Só não consegue mesa em restaurante, quando você está na praia e de férias (coisa de pessoas com boas posses…), ou em datas especiais ou quando há muitas pessoas de várias regiões e que convergem para um mesmo local;
    – Só não consegue mesa em restaurante, quem é profissional liberal, funcionário público (que trabalha nas capitais ou em Brasília; exceto outros poucos casos de funcionários de altos cargos pelo Brasil afora…), pois a maioria esmagadora dos brasileiros depende de emprego e neste momento 13 milhões de brasileiros estão sem emprego no país e até o final de 2016, algo em torno de 16 milhões estarão; ou seja, 1 em cada 3 desempregados no Planeta Terra, será brasileiro. Olha, é um título “honestíssimo”, que só o socialismo bolivariano consegue dar ao povo brasileiro…
    Sugestão: Seria melhor fazer uma bela reflexão sobre estes problemas do que chamar os leitores de midiotas.

  7. Avatar de MANUEL BARBOSA DE CARVALHO
    MANUEL BARBOSA DE CARVALHO

    Genial!

  8. Avatar de MANUEL BARBOSA DE CARVALHO
    MANUEL BARBOSA DE CARVALHO

    Perfeito!

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