Moda: quando a diferença faz a diferença

O mundo da moda pode ser muito cruel com aqueles que têm uns quilinhos a mais. De olhares de desdém a negativas de trabalho, os diferentes da regra geral da haute couture são penalizados sem dó.

Mas, claro, não há como brigar contra isso.

Há regras em outros setores também: empresas que só contratam gente bonita, que proíbem tatuados, descartam os que usam piercing e por aí vai. Até a forma de se vestir pode ser um cartão de visita ou vermelho.

A estilista britânica Vivienne Westwood, que veste a atriz Helena Bonham Carter, mulher de Tim Burton, é uma das pioneiras em exibir em suas passarelas modelos que estão fora dos padrões “aceitáveis”. Na última temporada das semanas de moda de Milão, Londres e Berlim os visitantes puderam ver modelos com deficiência física, mental, doenças de pele, transgêneros, obesos e afins.

O ator RJ Mitte, que ficou conhecido da série “Breaking Bad” e tem paralisia cerebral, participou de várias das semanas de moda em 2015.

O ator RJ Mitte, que ficou conhecido na série "Breaking Bad" e tem paralisia cerebral, participou de várias semanas de moda em 2015. Foto: Reprodução/spiegel.de
O ator RJ Mitte, que ficou conhecido na série “Breaking Bad” e tem paralisia cerebral, participou de várias semanas de moda em 2015. Foto: Reprodução/spiegel.de

Jean Paul Gaultier, por exemplo, ousou ao convidar a atriz espanhola Rossy de Palma, sempre presente nos filmes de Pedro Almódovar, para desfilar em sua despedida do prêt-à-porter. Ela entrou com um body e com pelos pubianos à mostra. Fora do padrão, sim, mas por que não?

Isso é exemplo de cidadania, respeito e da diversidade que a moda e outras áreas devem contemplar. Fica o exemplo.


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