No discurso desta segunda (12), o papa Francisco pediu a retomada das negociações entre Israel e Palestina e a criação de dois Estados. Isso me parece óbvio. Mas o que não é evidente, ainda mais vindo do sujeito que ocupa o cargo de chefia mais importante dentro da hierarquia eclesiástica da Igreja Católica, aconteceu no último domingo (11), durante uma cerimônia de batismo na Capela Sistina.
Eram 33 crianças (número igual à idade de Cristo quando morreu) que receberam a bênção do pontífice e, durante a missa, Francisco disse às mães que se sentissem livres para amamentar suas crias, se elas chorassem de fome. “Vocês, mães, deem aos seus filhos o leite e até mesmo agora, se eles chorarem porque estão com fome. Amamentem-os, não se preocupem.”
Não vi nenhuma imagem que mostrasse alguma mãe abrindo a blusa e dispondo o peito para o filho – se eu estivesse lá com filho pequeno, certamente o faria. Achei o máximo apoiar a amamentação pública. Isso, sim, é inusitado. Por quê? Porque ajuda a diminuir a discriminação (quem já amamentou sabe que tem gente que se ofende com essa oferenda em situação pública) e colabora com o aleitamento materno.
Apoio e aplaudo o papo nesse momento. E, olha, sou católica apenas por base familiar. Não passa disso.
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