Tá aí uma atitude bacana. Após a Playboy norte-americana anunciar que vai trocar a nudez explícita por ensaios sensuais em suas páginas, a filial mexicana correu para desmentir que seguiria os mesmos passos, ou seja, lá na terra de Frida Kahlo as peladas continuarão estampando a revista.
Não comemoro por ser consumidora da publicação, embora ache divertido o fetiche masculino por esse tipo de foto, mas pelo fato de a resposta mexicana soar com um desdém ao puritanismo e dar lugar ao exibicionismo. A Playboy dos EUA alega que a mudança se deve por uma escolha de inovação, mas a queda na tiragem de milhões para os atuais 800 mil exemplares mês podem explicar a estratégia.
As 26 filiais da revista ao redor do mundo poderão escolher se aderem ou não à decisão da matriz, acho provável que a maioria, inclusive, mantenha a nudez, mas é bacana que os mexicanos tenham sido os primeiros a gritar contra a inversão de valores da publicação de 62 anos.
Se a ideia é adaptar-se às novas tecnologias e ao público mais jovem, isso significa que a exploração do nu feminino irá para a web, mas isso já existe e muitos lutam por seu controle. Pode ser que a retração seja uma forma de relançar o nu para a molecada. É preciso pensar. Pode ser apenas uma questão financeira ou, como eles próprios disseram, de inovação. Pode ser. A TFP dos EUA deve estar em festa, e a daqui torcendo para acontecer o mesmo.
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