Relações afetivas?

No Brasil, filho do cineasta Eduardo Coutinho é acusado de matar o pai a facadas. Nos Estados Unidos, filha adotiva do cineasta Woody Allen escreve sobre suposto abuso sexual cometido pelo pai, quando ela era uma menina. Casos assim não são exatamente uma novidade, mas sempre chocam pela crueldade (para dizer o mínimo). Em 2002, a universitária Suzanne Richthofen ajudou a matar o pai e a mãe. O caso aconteceu em São Paulo, na casa da família, no Brooklin. Em 2008, na Áustria, Elisabeth Fritzl foi aprisionada pelo pai, o engenheiro Josef Fritzl durante 24 anos, no porão da casa onde ele vivia. Josef teve sete filhos com Elisabeth. Em abril de 2009, em Los Angeles, o brasileiro Lindolfo Thibes foi preso depois de abusar da filha, Tatiana Thibes, durante 20 anos – ele teve três filhos com ela, foi condenado a mais de cem anos de prisão.

Em setembro daquele ano, entrevistei Tatiana. “Meu pai é um doente. Quando vejo minhas filhas tão bonitinhas, pequenininhas, me dá nojo saber que ele teve coragem de fazer o que fez. Gosto de vê-las tendo uma rotina normal, indo para a escola, brincando, fazendo o que querem. Só não posso mentir: uma delas tem os olhos do pai, e eu já tive dificuldade em olhar para ela”. A declaração é só uma parte mínima do horror de uma louca relação familiar.


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