De acordo com a instituição peruana Vida Mujer, nos últimos seis anos, foram registrados 600 casos de feminicídio no país. Além disso, o Peru registra um alto número de casos de abusos contra mulheres. Para piorar tudo: as taxas de violência contra as mulheres está em ritmo de crescimento por lá.
Diante da situação terrível, uma das ações da instituição, em parceria com uma agência publicitária, é o livro No Te Mueras Por Mi, que traz uma forte proposta para conscientizar a população da gravidade do problema.
Na primeira parte do livro, de capa branca, temos cartas “apaixonadas” escritas por homens atrás da reconciliação após cometerem algum tipo de agressão contra suas companheiras. São cartas ternas, cheias de desculpas, pedidos de perdão e promessas de um futuro mais saudável.
O que as palavras bonitas escondem são personagens que querem mesmo é evitar uma denúncia na polícia.
Tudo fica explicado na segunda parte do livro, de capa preta, onde é revelado o final da história de cada mulher que perdoou o agressor após a carta. Todos eles voltaram a cometer agressões, em alguns casos, o final da história é o pior possível.
No Te Mueras Por Mi está disponível para leitura online. E apesar de todos os textos estarem em espanhol, é um leitura que dá para encarar sem manjar tudo da língua. Peça ajuda para um tradutor online, qualquer coisa.
Vai lá. É uma leitura obrigatória. Mande para os amigos, os coleguinhas que tratam a questão com pouco caso. Que tal?
Fica aqui a epígrafe que abre o livro, uma fala do autor peruano Vargas Llosa, em tradução livre:
“Nenhuma sociedade onde as mulheres
são cidadãs de segunda classe,
onde são pisoteadas e abusadas, será
verdadeiramente livre e democrática”
Deixe um comentário