O cenário econômico não é bom. Mas, “quem atravessar o Cabo das Tormentas chegará ao Cabo da Boa Esperança”. Parafraseando um economista do mercado financeiro, esta é a visão que o sócio Fabio Betti, da Corall Consultoria, tem deste ano no Brasil.
Para o consultor, seu papel é fazer um convite e uma provocação para as organizações serem mais eficientes. Ele lamenta que os recentes anos de bonança não foram aproveitados para tornar o País mais competitivo. E não vê ganho algum no Congresso fragmentado e na sociedade polarizada. “Separadamente, nenhum dos lados tem solução [para a crise]”, afirma.
Ele defende o que chama de diálogo generativo, uma vez que, a partir da conversa de diferentes perspectivas, surgem novas soluções. “Tem de ser o jogo do ganha-ganha.”
Betti lista o caminho das pedras para as empresas neste ano:
– Buscar se tornar mais integradas, saindo de “silos”;
– Procurar sempre a eficiência;
– Voltar o foco para o cliente, porque, em tempos de vacas gordas, costuma haver displicência com o atendimento, porque a demanda está aquecida;
– Fazer diferente, ou seja, incentivar a inovação.
Para Mauricio Goldstein, também sócio da Corall, há de se considerar ainda que, muitas vezes, parte da crise é imaginária e autorrealizável. O nome disso é crise de expectativas. Por exemplo: em vez de crescer 15%, uma empresa cresce 8% e entra em um baixo astral geral, que retroalimenta o mau desempenho.
Segundo ele, se a crise for substituída por desafios, as oportunidades de uma travessia bem-sucedida são muito grandes. Como diz Nizan Guanaes em sua coluna nesta terça-feira (17) na Folha de S. Paulo, “enquanto outros choram, eu vendo lenços”.
Deixe um comentário