Plenário do Congresso

É fato que o governo não conseguiu cumprir a meta de superávit primário deste ano. Não há mais tempo de corrigir este mau passo, por meio de aumento de tributos. Uma manobra fiscal, tipo maquiagem, pegaria muito pior.

Se a Câmara não tivesse aprovado o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a presidenta Dilma Rousseff (PT) poderia ser responsabilizada pela falta – é grave, deve-se admitir-, o que, em um cenário mais pessimista, poderia culminar em um indesejado processo de seu impeachment. Cenário dos sonhos da oposição.

Além disso, a não aprovação do projeto poderia levar as agências de classificação de riscos a decidir pelo rebaixamento do rating (nota) do Brasil. Engana-se quem pensa que estas agências estão desacreditadas e que ninguém dá a menor bola para elas. Perder o grau de investimento que o País tem resultaria em fuga de investidores estrangeiros e dificuldades das empresas de captar recursos no exterior.

Em que pesem as barganhas para a aprovação do projeto – isso só vai ser minimizado com a reforma política -, o jogo foi zerado. Espera-se que o passado de truques fiscais tenha ficado para trás. A se fiar nos discursos iniciais de Joaquim Levy e Nelson Barbosa, haverá  a partir de 2015 redução de despesas no próximo ano. Também um inevitável aumento de impostos.

Passada a tempestade, vislumbra-se um céu azulzinho. Que assim seja.


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