A maior história de amor do cinema

Meryl Streep e Clint East
Meryl Streep e Clint Eastwood em cena do filme

“O livro é melhor que o filme”. Essa frase é usada na maioria das vezes em que se quer comparar alguma adaptação literária para as telas. Mesmo se o resultado for excepcional, como no caso de “O Caçador de Androides” (1982), do diretor Ridley Scott, a maioria dos críticos e resenhistas vai dizer que o romance de Philip K. Dick é superior. Ou de “O Estranho no Ninho” (1976), de Milos Forman, interpretado por Jack Nicholson, a partir do romance de Ken Kesey.

Não é o caso, porém, de “As Pontes de Madison”, obra-prima do gênero romance em toda a história do cinema, dirigido e interpretado por Clint Eastwood, lançado em 1995. A obra de Robert James Waller é infinitamente inferior, por não ter, de longe, toda a atmosfera e as sensações que se vê no cinema. O texto escrito tem uma narrativa dura, direta e sem qualquer valor literário, que desestimula sua continuidade de leitura desde o primeiro parágrafo.

Na tela, praticamente só se vê Meryl Streep e Eastwood em um relacionamento arrebatador, que beira a perfeição, como é comum acontecer quando duas pessoas se descobrem apaixonadas ou levadas a um sentimento assim. Tudo no filme é absolutamente perfeito quanto a se saber contar bem uma história: diálogos mínimos, expressões faciais intensas, toques, olhares, sorrisos. Somam-se a isso os méritos técnicos: ótimo roteiro e direção, figurino e uma fotografia de causar deslumbramento.

No caso, ao retratar a breve e intensa experiência de alguns dias entre o veterano fotógrafo da National Geographic, Robert Kincaid, e uma típica dona-de-casa do estado de Iowa, Francesca Johnson – Meryl Streep, cujo papel lhe rendeu a 10ª indicação ao Oscar de melhor atriz. No começo, fica claro que os dois não estavam à procura de qualquer novidade ou reviravolta em seus destinos aparentemente traçados. Eles já viviam em uma parte da vida em que as expectativas pertenciam ao passado.

O contato inicial é a busca de informação. Ele precisa tirar fotos de uma ponte para a famosa revista. O destino, então, dá um empurrão e, quatro dias depois de se conhecerem, eles não pretendem deixar passar esse amor repentino, que nunca tinham vivido até então. Até os dois se verem diante de uma série de dilemas morais que poderá uni-los ou separá-los para sempre e condená-los a uma vida de dor e lamento.

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A capa do blu-ray

Essa inesquecível história de amor fica melhor ainda na altíssima definição da versão em blu-ray. A edição traz ainda extras indispensáveis para os fãs do filme: comentários do editor Joel Cox e do diretor de fotografia Jack N. Green; o vídeo musical “Doe Eye” e o documentário “Uma história de amor à moda antiga: o making of de ‘The Bridges of Madison County’”.


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