Era para ter sido um momento especial no teatro do SESC Pompeia. Os ingressos estavam esgotados, e a comunhão entre público e artistas era mais que prevista. Mas São Pedro decidiu demonstrar que seria ele quem daria as cartas naquele noite do último 24 de janeiro. A hipnótica massa percussiva que Guilherme Kastrup e banda preparava para o show de lançamento de Kastrupismo, seu primeiro álbum autoral, foi engolida por raios, relâmpagos, trovões assustadores e uma chuva torrencial que deixou milhões de paulistanos ilhados no trânsito caótico daquela sexta-feira.
Mas Kastrup é sujeito paciente. Carioca, radicado em São Paulo há mais de 20 anos, ele demorou quase dez para compor e produzir seu primeiro álbum. Somente agora, quase três meses depois do imprevisto climático, ele fará o lançamento oficial de Kastrupismo. A espera é compreensível. Veio da complexidade de conciliar as agendas dos músicos envolvidos no projeto.
A apresentação, enfim, terá início amanhã, dia 17, às 21h, com as participações de Estevan Sinkovitz (guitarra), Marcelo Castilha (piano e sanfona) e Marcelo Monteiro (saxofone e flauta). Contará também com a presença de três convidados especiais, que também colaboraram com as gravações do álbum: Edgard Scandurra (guitarra), Zé Pitoco (clarinete) e Benjamin Taubkin (piano).
Produzido a partir de colagens de bases pré-gravadas, de registros de outros artistas que passaram pelo Toca do Tatu, o estúdio de Kastrup, acrescidas de arranjos orgânicos, num processo colaborativo que reuniu diversos músicos, Kastrupismo teve recepção calorosa e integrou listas dos álbuns mais importantes de 2013, como a seleção dos 30 melhores de 2013 feita pela Brasileiros (confira).
Na ocasião do lançamento do álbum, publicamos uma resenha e traçamos um breve perfil do músico, que tem intensa atuação no cenário musical contemporâneo. Confira a íntegra da matéria.
MAIS:
Ouça a íntegra de Kastrupismo
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