Depois do incêndio que atingiu o Museu da Língua Portuguesa na região central de São Paulo em dezembro, um acidente com fogo voltou a atingir um instituição cultural. Desta vez o acidente ocorreu na Cinemateca Brasileira, na Vila Mariana, zona sul da cidade, nesta quarta-feira (3). De acordo com o Corpo de Bombeiros, 17 viaturas apagaram as chamas do prédio com o maior acervo de filmes da América latina, com cerca de 200 mil rolos de filmes, entre longas, curtas e 30 mil títulos de cinejornais. Lá também estão guardados livros, revistas, roteiros originais, fotografias e cartazes.
O incêndio começou na madrugada no prédio da Cinemateca, no Largo Senador Raul Cardoso, 200. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram enviadas para o local oito viaturas às 5h30 da madrugada. O fogo atingiu a câmara 3 do depósito de nitrato, local onde são armazenadas matrizes (originais) das produções audiovisuais, informa o Ministério da Cultura. O material é característico da produção cinematográfica brasileira anterior à década de 1950. Como o material é inflamável, o depósito com essas cópias fica longe do restante do complexo.
As obras atingidas no incêndio contam com cópias. Nenhuma outra estrutura da Cinemateca foi atingida. Conforme orientações técnicas, o prédio do depósito foi construído em um local mais afastado da estrutura da Cinemateca, justamente pelo fato de o material ser inflamável. As causas do incêndio estão sendo investigadas pelo Corpo de Bombeiros.
Entre as relíquias audiovisuais estão gravações da TV Tupi, a primeira emissora de televisão do Brasil, inaugurada em setembro de 1950 e com as atividades encerradas em julho de 1980. Estão também obras de ficção, filmes publicitários e registros familiares nacionais e estrangeiros, produzidos desde 1895.
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