Atriz, modelo e anarquista: morre Elke Maravilha

Elke Maravilha, uma mulher à frente do tempo - Foto: Reprodução
Elke Maravilha, uma mulher à frente do tempo – Foto: Reprodução

A atriz e ex-modelo Elke Maravilha morreu na madrugada desta terça-feira (16), aos 71 anos, no Rio de Janeiro. Internada há quase um mês na Casa de Saúde Pinheiro Machado, em Laranjeiras, não resistiu após uma cirurgia para tratar uma úlcera. No Facebook da atriz, uma mensagem avisou os fãs sobre a morte, mas as informações de velório e funeral ainda não foram divulgadas.

Elke Georgievna Grunnupp nasceu na Rússia, mas ficou famosa no Brasil como Elke Maravilha depois de participar como jurada dos programas de calouros de Chacrinha e Silvio Santos. 

Declaradamente anarquista, foi torturada pela ditadura militar em seis dias de prisão. Conseguiu ser libertada por Zuzu Angel, que enviou um delegado para tirá-la da prisão. Tornou-se amiga de Zuzu muito antes da TV, ao conhecê-la em 1970 em um salão do cabeleireiro.

Seu estilo extravagante de vestir – seu símbolo – lhe rendeu complicações ao longo da vida. Aos 18 anos, chegou a ser agredida nas ruas. Casou-se oito vezes, mas não teve filhos “porque criaria monstros”. 

A ex-modelo, que alcançou o auge do sucesso nos anos 1980, estava há muito fora da TV. Voltou este ano, quando fez uma participação na temporada do programa do Gugu, na Record.

Morreu no Rio de Janeiro uma mulher definitivamente à frente do tempo. Famosa na TV, no teatro e como símbolo de autonomia da mulher.


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