Os funcionários da editora Cosac Naify estão “chocados” com o fechamento da empresa, especializada em edições luxuosas de livros cult. Eles ficaram sabendo sobre a decisão pela imprensa, quando um de seus sócios – o editor e fundador Charles Cosac – fez o anúncio a um jornalista de O Estado de S. Paulo.
A Brasileiros entrou em contato com a assessoria de imprensa da editora, que não atende aos chamados. Sob condição de anonimato, funcionários da editora (no mercado desde 1996) admitiram à reportagem que muitos trabalhadores cruzaram os braços depois da notícia. “Estamos chocados. Ninguém nos mandou e-mail ou veio conversar conosco”, disse um deles.
Charles Cosac falou à imprensa durante a entrega do Prêmio São Paulo de Literatura, na noite de segunda-feira (30), segundo o jornal Folha de S.Paulo. “Amanhecemos sem entender nada.” A data para o fechamento da companhia ainda não foi decidido.
A editora
Chiada há cerca de 20 anos, a Cosac Naify se especializou em edições especiais com pequenas tiragens e design refinado. O primeiro deles foi “Barroco de Lírios”, de Tunga. A obra era feita com mais de dez tipos de papéis e a fotografia de uma trança que atingia um metro de comprimento quando desdobrada.
A companhia também abriu espaço em seu catálogo para publicações de arquitetura, literatura brasileira, poesia e clássicos estrangeiros.
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