Consagrada pelo papel da Princesa Leia na saga Star Wars, a atriz Carrie Fisher, 60, morreu de ataque cardíaco na última terça-feira (27).
Fisher tinha apenas 19 anos quando o primeiro filme da saga Star Wars foi filmado, em 1977. Sua personagem foi uma das primeiras grandes protagonistas femininas da ficção cientifica no cinema. Ao contrário do estereótipo da princesa à espera de um salvador, Leia agia por si mesma, lutando contra alienígenas e liderando uma rebelião.
Em sua coluna no site, Cinema em Cena, o crítico de cinema Pablo Vilaça comentou a atitude combativa da atriz: “A importância de Carrie Fisher vai além do cinema: depois de se tornar um símbolo sexual com o biquíni dourado de O Retorno de Jedi, ela se tornou uma das críticas mais afiadas da objetificação feminina em Hollywood, recusando-se a emagrecer para certos papeis e reescrevendo os próprios diálogos para que fugissem do padrão sexista da mocinha tola”.
A atriz participou de todos os filmes da trilogia original idealizada por George Lucas e voltou a estrelar os longas da nova fase: Episódio VII: Despertar da Força, de 2015, e Episódio VIII, com estreia prevista para o fim de 2017. A heroína faz também uma aparição em Rogue One: Uma História Star Wars, que chegou aos cinemas em dezembro deste ano.
Além de atuar, Carrie também trabalhou como escritora e roteirista. No dia em que morreu, ela estava a caminho de Los Angeles para o lançamento de seu livro de memórias, The princess diarist. Na obra, a atriz detalha a experiência de ter trabalhado na série de filmes.
Sua estreia nas livrarias aconteceu em 1987, com o volume semi-autobiográfico Postcards from the Edge, em que narra a relação conturbada com a mãe famosa, a atriz Debbie Reynolds. O livro ganhou uma adaptação cinematográfica em Lembranças de Hollywood (1990), filme indicado a duas estatuetas do Oscar, uma delas para Meryl Streep, como melhor atriz.
Deixe um comentário