Conheça os finalistas do Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage

Em sentido horário, Bernardo  Paz, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e João Carlos Martins. Foto: Divulgação / Fundação Cultural Montblanc
Em sentido horário, Bernardo Paz, Laís Bodanzky, Luiz Bolognesi e João Carlos Martins. Foto: Divulgação / Fundação Cultural Montblanc

No dia 7 de junho, será realizada em São Paulo a primeira edição brasileira do Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage. A cerimônia contará com a presença de Jerôme Lambert, CEO da Montblanc International, e de Alain Dos Santos, manager director Montblanc Brasil

Criada em 1992 pela marca alemã de instrumentos de escrita, a premiação reconhece o trabalho de patronos das mais diversas expressões artísticas nos 16 países em que a empresa está presente – Alemanha, Brasil, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Hong Kong, Itália, Japão, México, Rússia, Reino Unido e Suíça. Ao longo de 25 anos, o prêmio já consagrou 230 projetos de mecenato e ofereceu mais de 4 milhões de euros, com o propósito de contribuir para a difusão de ações patronais conduzidas por, entre outros, Yoko Ono, Quincy Jones, Jane Rosenthal e Andrew Lloyd Webber. 

No Brasil, os finalistas da primeira edição do Prêmio Montblanc de la Culture Arts Patronage são: João Carlos Martins, maestro que, à frente da Fundação Filarmônica Bachiana, contribui para a formação de jovens músicos; Bernardo Paz, criador do Instituto Inhotim, instituição que colocou a pequena cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, no mapa mundial da arte contemporânea; Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, cineastas que, em 1995, deram início à itinerância do Cine Mambembe, projeto que já levou gratuitamente a mais de 1,3 milhão de brasileiros dos locais mais remotos do Brasil a projeção de filmes curtas e longas-metragens.

A escolha dos finalistas deu-se por meio de um júri internacional composto de 48 personalidades das mais diversas áreas, que avaliaram os indicados em todos os países onde o prêmio é realizado. O júri brasileiro é formado por Rodrigo Santoro, ator consagrado em filmes nacionais, como Bicho de Sete Cabeças e Carandiru, e estrangeiros, como 300 e Ben-Hur, Paulo Abrão Esper, cantor lírico que foi idealizador do Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas, do Festival Nacional de Canto Aldo Baldin e da Cia. Ópera São Paulo International Festival, e a publisher da revista ARTE!Brasileiros e CEO da Brasileiros Editora, a educadora Patricia Rousseaux. 

Leia a seguir depoimentos dos finalistas.

“Com apenas uma década de abertura ao público, o Inhotim já se tornou um destino cultural consolidado, de visibilidade internacional. Ao longo do ano, recebemos visitantes de todas as partes do mundo, que se sentem tocados pela experiência que vivenciam aqui. Essa mistura de arte e natureza, que intuitivamente criamos, se tornou um paradigma no mundo e é algo transformador em diversos aspectos. Ver esse projeto, que envolve criatividade, educação e inovação ser reconhecido por um prêmio como esse, em sua primeira edição no Brasil, é extremamente motivador e valoriza o trabalho de excelência que toda nossa equipe vem desenvolvendo ao longo do tempo. Entendo que a cultura no Brasil precisa do apoio de todas as esferas da sociedade, de organismos públicos e privados, para que possa atingir a relevância que merece. Assim, todo reconhecimento é importante e contribui para que mais pessoas saibam, prestem atenção e se sintam motivadas a conhecer e experimentar iniciativas como o Instituto Inhotim.”
Bernardo Paz

“A Montblanc é um símbolo mundial da procura pelo perfeccionismo e somente com perfeccionismo é que se pode fazer música. Com a orquestra Bachiana Filarmônica SESI—SP, a Fundação Filarmônica Bachiana luta pela excelência e está sempre em busca do melhor trabalho possível em todas as esferas. No momento em que uma instituição como a nossa e outras instituições, que têm a responsabilidade social e a sustentabilidade como valores principais, são reconhecidas por um símbolo mundial como a Montblanc, isso é motivo de orgulho, da mesma forma que a Fundação Bachiana é motivo de muito orgulho para este velho maestro.”

João Carlos Martins

“O Prêmio Montblanc é uma antiga iniciativa que reconhece o esforço de várias pessoas que estimulam e lutam pela cultura, nas mais diversas localidades do mundo. Observando os premiados anteriores, percebemos que há uma curadoria apurada. É a primeira vez que o Brasil entra como país contemplado neste prêmio. Luiz e eu nem acreditamos que estávamos nesta lista. Ficamos tocados por terem notado a complexidade e importância de um projeto que nasceu tão pequeno e cresceu de forma robusta ao longo dos anos, saindo de nossas mãos e ganhando vida própria. O projeto Cine-Tela Brasil começou como um sonho romântico de levar cinema de graça para quem não tinha acesso às salas de cinema. Ou porque não tinha dinheiro para comprar o ingresso ou porque não tinha sala de cinema na sua cidade. Depois de 11 anos, o sonho romântico, realizado apenas por nós, com um carro pequeno e um projetor 16mm, virou um super- projeto com quatro caminhões viajando o Brasil ininterruptamente, levando um projetor cinemascope com som surround de graça para a população de todas as regiões do Brasil, além de fomentar oficinas de audiovisual para as comunidades e escolas públicas e de um portal na internet dando todo o suporte de informação e ensino a distância. Mais de um milhão de pessoas foram beneficiadas diretamente com estes projetos. E muitos deles entraram no mercado de trabalho do audiovisual. Hoje os projetos continuam, mas sem a nossa participação direta. Ter o trabalho de todos os envolvidos e beneficiados reconhecidos pelo Prêmio Montblanc é um coroamento de tanto esforço que nem sempre é reconhecido e valorizado. É uma forma de nos dar consciência da importância de nossos atos e nos estimular a dar mais passos nesta direção.”
Laís Bodanzky

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