Os curadores da mostra, Guilherme Weber (à esq.) e Márcio Abreu. Foto: Ligia Kas
A 25ª edição do Festival de Teatro de Curitiba, que acontece entre os dias 22 de marco e 3 abril, espera receber neste ano 220 mil pessoas em seus 347 espetáculos e 1.318 apresentações. São 35 peças da mostras oficial e outras 312 do Fringe (evento paralelo que acompanha o festival). Os temas deste ano buscam provocar as pessoas e despertar pensamentos, colocá-las de frente com diferenças, discutir a questão de gênero, além de abordar diferentes visões do Brasil (sua gente, sua história e sua subjetividade) e o clássico e sempre imprescindível Shakespeare.
A curadoria da edição 2016 é assinada por Guilherme Weber e Márcio Abreu, que falaram sobre a mudança que ocorreu no público curitibano e de outras regiões nesses 25 anos. “O que aconteceu nesses anos, com Celso Curi, Tânia Brandão e Lúcia Camargo, formou plateias, artistas e o festival continuou se reinventando ao longo desse tempo”, disse Weber. “Todos nós conversamos e discutimos uma transição curatorial. Eu e Márcio pensamos em fazer umas três ou quatro edições, para criar um pensamento curatorial, e depois entregar o festival de volta a eles [Curi, Tânia, Lúcia e Leandro] ou para outros curadores”, acrescentou.
O diretor da mostra, Leandro Knopfholz, falou sobre a importância de o evento se manter vivo neste momento e enalteceu a grande procura por participação. “Tivemos uma diminuição no número de espetáculos na edição deste ano. Não posso dizer se foi uma redução, pois foi mínima, ou se foi um fato isolado”. Ele acrescentou quetanto os grupos grandes, com financiamento maior, como os pequenos que lutam por patrocínio, batalharam espaço na edição.
“Cabras – Cabeças que Rolam, Cabeças que Voam”, espetáculo é baseado em 20 crônicas independentes. Foto: Divulgação
“Autobiografia Autorizada”, com Paulo Betti. Foto: Divulgação
“Mó”, o espetáculo de dança faz uma crítica por meio da pergunta: o que nos leva a vibrar juntos?. Foto: Francisco Costa/Divulgação
“Cidade Vodu”, espetáculo transita entre teatro, intervenção, cinema e música. Foto: Divulgação
“Orgia”, livremente inspirado nos diários íntimos de Túlio Carella, dramaturgo e diretor argentino. Foto: Divulgação
“Nuon”, que se passa em uma noite no Camboja. Foto: Brug Ave Lola/Divulgação
“As Palavras Gestuais de Denise Stoklos”. Foto: Thais Stoklos Kignel/Divulgação
“Quem Tem Medo de Travesti”, que relata o suicídio de um jovem por não suportar o mundo de preconceito e discriminação. Foto: Leonardo Pequiar/Divulgação
“O Confete da Índia”, obra sobre o performer André Masseno. Foto: Nilmar Lage/Divulgação
Repertório Shakespeare: “Macbeth” e Medida por Medida”, peças como mesmo elenco para as duas encenações. Foto: Divulgação
“Batucada”, peça que se propõe como um acontecimento. Foto: Caddah/Divulgação
“Why the Horse”, com Maria Alice Vergueiro;, explora a morte. Foto: Vivian Maia/Divulgação
“Nordestinos” traz quatro atores, quatro diferentes histórias que se ligam pela origem geográfica e afetiva em comum. Foto: Janderson Pires/Divulgação
“Morte Acidental de Um Anarquista” conta a história de um louco cuja doença é interpretar pessoas e que é detido por falsa identidade. Foto: Divulgação
“Caranguejo Drive” narra a história de Cosme, ex-catador de caranguejos no mangue carioca. Foto: Divulgação
“The Hot One Hundred Choreographers” é um trabalho de dança voltado a pensar forma,c criação, produção, autoria, contexto e resolução. Foto: Carol Mendonça/Divulgação
“Tebas Land”, do dramaturgo franco-uruguaio Sergio Blanco, explora o parricído, inspirado no mito do Édipo e no santo San Martin. Foto: Divulgação
“Um Bonde Chamado Desejo”,de Tennessee Williams, apresenta um embate duro familiar entre dois cunhados. Foto: João Caldas Filho/Divulgação
“Urina, o Musical” mostra como os banheiros particulares acabaram após uma seca de 20 anos que gerou falta d´água. Foto: Ronaldo Gutierrez/Divulgação
Em “Processo de Conscerto do Desejo”, Matheus Nachtgaerle recita textos de sua mãe, Maria Cecília, que morreu em 1968, quando ele era um bebê. Foto: Marcos Hermes/Divulgação
“Parallel Songs” é um trabalho de música experimental e popular que mostra a estratégia de criar simultaneidades músico-teatrais. Foto: Divulgação
“Portátil” é um espetáculo de improviso, o Stand Up Comedy, em formato longo com o pessoal do Portas nos Fundos. Foto: Divulgação
“O Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, versa a respeito de um embaraçoso ato de misericórdia: um beijo na boca dado a um homem por outro homem na hora de sua morte. Foto: Thiago Detofol/Divulgação
“Mordedores” mostra que no jogo de morder e ser mordido, as mandíbulas se equilibram entre o metafórico e o literal. Foto: Renato Mangolin/Divulgação
A edição deste ano vai receber 3.000 artistas de várias partes do País. Segundo os curadores, não houve preocupação em contemplar todas as regiões do País, tampouco privilegiaram estreias e critério geográfico. “É uma peçaou um concurso de miss”, brincou Weber.
A exemplo de outros anos, a mostra terá textos clássicos e inéditos, performance, dança, artistas consagrados e novas companhias. Além dos espetáculos, a o festival conta com eventos simultâneos, comoGastronomia, com atrações gastronômicas, o Mis Mash, programação para a família, Guritiba, voltado ao público infantil, e até apresentações de Stand Up Comedy, além de outros ambientes.
A venda de ingressos já está disponível em vários postos em Curitiba e pelo site do festival. Preço varia entre R$ 30 e R$ 70, para mostra; e entre R$ 6 e R$ 60, para o Fringe.
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