A atriz francesa Isabelle Huppert está no Brasil para a exibição do seu mais recente filme, “Um Amor em Paris”, dentro do Festival Varilux de Cinema Francês. Muito assediada antes da exibição da produção no Cine Livraria Cultura, em São Paulo (15), Huppert participou de um bate-papo com o crítico de cinema Luiz Carlos Merten e também respondeu perguntas do público que lotou o cinema.
Sobre a questão do improviso ou respeito literal ao roteiro cinematográfico, a atriz respondeu que ser natural nada tem a ver com improvisar ou não: “Pode-se respeitar o diálogo ao pé da letra e ser natural ao mesmo tempo”.
Quando questionada sobre o que achava do cinema brasileiro, Isabelle Huppert respondeu que só conhece o cinema de Glauber Rocha e de Bruno Barreto, mas quer conhecer melhor, de preferência, ao ser convidada para participar de uma produção do Brasil.
Sobre a diferença entre participar de uma comédia ou de um drama, a atriz respondeu: “O que importa é com quem se está trabalhando. Uma comédia pode ter toques de drama e o contrário também pode acontecer”.
O filme “Um amor em Paris” é justamente isso, uma produção que tem nuances de comédia e toques de drama entre um casal que parte para a quebra de um rotina conjugal com muita compreensão e carinho para ambos as partes.
“Um amor em Paris” não foi exibido ainda na França. O público brasileiro, portanto, tem o privilégio de ver este belo filme e ainda de quebra receber esta bela e ótima atriz, que como lembrou Luiz Carlos Merten sobre uma frase de Godard: “uma atriz francesa deve ser chamada de mademoiselle em qualquer idade, da mais jovem à centenária”. Isabelle está com apenas 61 anos. Tem muito tempo pela frente para desfilar sua graça e talento de mademoiselle do cinema francês.
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