O jornalista e escritor Zuenir Ventura, de 83 anos, tomará posse na próxima sexta-feira (6) na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL), para a qual foi eleito em 30 de outubro do ano passado. Segundo informou na segunda-feira (2) a ABL, a solenidade está marcada para as 21h, no Petit Trianon, sede da instituição, no centro do Rio de Janeiro. Zuenir sucede ao dramaturgo, romancista e poeta Ariano Suassuna, falecido em 23 de julho de 2014.
De acordo com o ritual da ABL, Zuenir Ventura fará seu discurso, seguido de recepção ao novo acadêmico, que será feita pela acadêmica Cleonice Berardinelli. Depois, haverá entrega da espada, do colar e do diploma, e o presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, declarará empossado o novo acadêmico.
Formado em letras neolatinas, o mineiro Zuenir Ventura foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). No jornalismo, trabalhou nos jornais Correio da Manhã e Jornal do Brasil, nas revistas Fatos&Fotos, O Cruzeiro, Visão, Veja e Isto É, entre outros veículos. Atualmente, é colunista do jornal O Globo.
Em 1988, Zuenir lançou o livro 1968 – o Ano que Não Terminou, que já teve 48 edições, vendendo mais de 400 mil exemplares. Outros livros seus de grande sucesso foram Cidade Partida, livro reportagem sobre a violência no Rio de Janeiro, Inveja – o Mal Secreto, e Chico Mendes – Crime e Castigo. A mais recente obra é o romance Sagrada Família.
Ganhador dos prêmios Esso de Jornalismo e Vladimir Herzog, pela série de reportagens O Acre de Chico Mendes, publicada em 1989, Zuenir Ventura também recebeu em 2008, da Organização das Nações Unidas (ONU), um troféu especial por ter sido um dos cinco jornalistas que “mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no país, nos últimos 30 anos”.
No dia 27 deste mês tomará posse na ABL mais um novo acadêmico, o historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello, eleito também em outubro do ano passado para a cadeira 34, que ficou vaga com a morte do romancista baiano João Ubaldo Ribeiro.
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