A cidade de Milão se prepara para realizar nesta terça-feira (23) o velório e funeral do escritor italiano Umberto Eco, morto na última sexta-feira (19), aos 84 anos de idade. O corpo do estudioso será enterrado no Castelo Sforzesco, próximo de onde ele morava. O escritor dizia que costumava ficar olhando o castelo, construído no século 15, das janelas de sua casa.
A cerimônia deve durar uma hora e será estritamente laica, de acordo com a vontade de Eco. O velório começou às 15h locais (11h de Brasília) e é transmitido ao vivo pela rede de TV RAI. Após ficar aberto ao público, o evento será encerrado com uma cerimônia privada de cremação. A música La Follia de Arcangelo Corelli, que Eco executava com um clarinete, será tocada.
O corpo do escritor deixou sua casa com destino ao castelo escoltado por cinco agentes de polícia. O caixão estava todo coberto de flores brancas e o público na rua aplaudiu a passagem de Eco. O presidente da Itália, Sergio Mattarella, enviou uma coroa de flores à cerimônia e um bilhete de condolências aos familiares de Eco. O governo será representado pelo ministro dos Bens Culturais, Dario Franceschini, e pela ministra da Educação, Stefania Giannini. Da Universidade de Bolonha, onde o escritor deu aulas por 41 anos, chegarão o reitor Francesco Ubertini e seu antecessor Ivano Dionigi. O astro do cinema Roberto Benigni, assim como a vice-prefeita de Bolonha, Silvia Giannini, também comparecerão ao funeral.
Eco ganhou fama mundial com o livro O Nome da Rosa, um relato policial mediaval que foi adaptado para o cinema pelo diretor francês Jean-Jacques Annaud. Nascido em 5 de janeiro de 1932, em Alexandria, Piemonte, no norte da Itália, Eco era filósofo, semiólogo, linguista, historiador, escritor e intelectual. Seu último livro, Pape Satan Aleppe, será lançado nesta semana, na Itália.
Deixe um comentário