Um dos percussionistas brasileiros mais importantes da música, Naná Vasconcelos morreu aos 71 anos na manhã desta quarta-feira (9) no Recife. Ele estava com câncer de pulmão, informou o Hospital Unimed III, onde ele estava internado após parada respiratória. Oficialmente morto às 7h39, ele esteve internado na UTI do hospital até o dia 29 de fevereiro.
No ano passado, ele já havia estado 20 dias no mesmo hospital, após descobrir o câncer. Naná voltou a passar mal depois de um show em Salvador no dia 28 de fevereiro e acabou internado ao retornar para o Recife.
Naná deixou a cidade natal em 1960 para tentar a carreira no Rio de Janeiro. Por lá, gravou dois discos com Milton Nascimento e outro com Geraldo Azevedo. Depois mudou-se para São Paulo para participar da banda que acompanhou Geraldo Vandré no Festival da Canção.
O sucesso acabou extrapolando fronteiras e terminou reverenciado no exterior. Ele lançou três discos com a banda de Jazz Codona, gravou com B.B King, com o violinista francês Jean-Luc Ponty e com a banda Talking Heads. Ele também fez trilhas sonoras para filmes nacionais e estrangeiros e foi eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo por revistas especializadas nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, tocou percussão em discos de Caetano Veloso, Marisa Monte e Mundo Livre S/A.
*Em 2010, nosso colaborador Luiz Chagas – também guitarrista do Isca de Polícia e da banda de Tulipa Ruiz – falou com Naná e escreveu matéria sobre o disco Sinfonia e Batuques. Leia aqui.
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