Desde o ano passado, o governo do estado de São Paulo tem feito cortes no orçamento de atividades culturais. Algumas orquestras ligadas ao Instituto Pensarte, organização social (OS) de cultura, sofreram cortes de 20% até agora, culminando na demissão de dezenas de integrantes de suas equipes. Mais cortes deverão ser feitos em 2017. A redução de investimentos ameaça desmontar grupos como a Jazz Sinfônica e a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo.
Para tentar reverter a situação, membros e simpatizantes da Jazz Sinfônica criaram um espaço virtual para protestos e apoios. A página do Salve a Jazz Sinfônica, no Facebook, já tem mais de 5 mil curtidas e publica diariamente informações e vídeos de apoiadores da causa, como Paulinho da Viola, Moraes Moreira e Antônio Nóbrega.
“Todos sabem da importância de uma boa orquestra para a cultura musical de um povo. O trabalho que a Jazz Sinfônica vem realizando há 26 anos precisa ser mantido”, declarou Paulinho da Viola em vídeo gravado para a campanha. Com o mesmo objetivo, também foi criada a página SOS Banda Sinfônica. Os organizadores pedem que os deputados membros da Comissão da Cultura do Estado de São Paulo sejam pressionados. Além disso, um abaixo-assinado foi colocado no ar para assinatura, no site Change.org.
Segundo o movimento, a verba teve uma diminuição de 33 milhões para 28 milhões no período 2015-2016. Para 2017, está previsto um investimento de apenas 22 milhões de reais, quantia insuficiente para a manutenção dos trabalhos. Além disso, o contrato entre a gestão de Geraldo Alckmin e a OS responsável, que acaba no dia 15 de dezembro, ainda não foi renovado e nem discutido entre as partes. Os cortes têm como resultado demissões de membros, fechamentos de vagas e descaracterização dos grupos.
O Sindicato de Músicos do Estado de São Paulo realizou, no último dia 5 de dezembro, um protesto em frente à Secretaria Estadual da Cultura, reunindo membros de diversos grupos para pedir a negociação dos investimentos. Em nota, o governo informou que espera a Assembleia Legislativa definir o orçamento de 2017 para poder conversar sobre o assunto.
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