A cantora Karina Buhr lançou nesta terça-feira (8) o primeiro single de Selvática, seu terceiro álbum, programado para sair no dia 29 de setembro, através de download gratuito.
Na definição da compositora, a faixa Eu sou um monstro é um grito feminista. “A letra fala da canseira da princesa rosa-loira-adormecida que tanto nos atormenta e vive querendo virar monstro, já sendo. É aquela fera puxando as rédeas e escolhendo pra onde vai, saindo da inércia, que resolve o que vai fazer e sabe o que vai acontecer com ela”.
O show de lançamento do novo disco acontece nos dias 02 e 03 de outubro no Sesc Pompeia com participação especial de Denise Assunção. O novo álbum está em pré-lançamento no site Kickante.
Ouça Eu Sou Um Monstro:
Batemos um papo rápido com a cantora para falar sobre a música nova:
Brasileiros – A música tem uma letra super sucinta. De onde vem o lance de fazer uma letra tão direta?
Tem ela no livro Desperdiçando Rima (Fábrica 231). Não sei de onde veio isso da letra direta, na verdade nunca pensei nisso de ser uma letra direta. Ela não ia ser letra de música, ia ser uma poesia do livro, só depois fiz a música pra ela.
De onde surgiu a ideia para a letra? Vem de uma história pessoal, de histórias de outras mulheres ou tudo isso junto?
Vem de tudo junto. Não é uma história específica, é sobre muitas histórias de mulheres, que nascem sob um mesmo estigma.
Por que escolher esta faixa para apresentar o álbum?
Tinha que escolher uma delas e acho que ela tem uma agressividade e peso que o disco tem. Achei que ela daria um bom “bom dia” do disco.
O que é “o monstro” da música? Ouvindo a música senti que cabem mil interpretações ali. Você sente isso também ou tem uma interpretação mais definida do que escreveu?
Tenho uma interpretação bem definida. Mas acho maravilhoso que você sentiu que cabem mil interpretações ali. Acho essa a melhor parte de se fazer músicas e letras, cada um que ouve, poder ouvir sua própria versão. Não me sinto bem destrinchando uma letra, explicando tudo. Acho que o mistério é justamente essas mil interpretações. Essa coisa que eu falei sobre ela, que você cita nas aspas, já fiz um esforço grande pra tentar traduzir um pouco a música. Esforço no sentido de achar que tava fazendo uma coisa errada, que não ia dar certo isso de traduzir. E aí tentar mais que isso acho que quebraria o encanto.
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