A autenticidade da obra Retrato de Isabella D’Este, atribuída ao pintor renascentista Leonardo da Vinci, foi questionada nesta quarta-feira (11) por críticos de arte.
Segundo especialistas, o quadro, encontrado na terça-feira (10) em um banco em Lugano, na Suíça, foi pintado ao menos 50 anos depois do esboço que está exposto no Museu do Louvre, na França. Por isso, seria difícil que o mesmo artista tivesse feito as duas pinturas.
A hipótese mais aceita é de que a obra seja de autoria de um dos discípulos de Da Vinci, que se inspirou no desenho do mestre italiano. No entanto, o quadro ainda passará por uma série de análises quando voltar para a Itália, que devem mostrar quem foi seu verdadeiro pintor.
Investigações
Segundo a polícia da cidade de Pesaro, que apreendeu o quadro, a obra deve ter sido transferida da Itália para a Suíça ilegalmente há alguns anos.
No entanto, sua atual dona – uma senhora de 70 anos chamada Emidia Cecchini que mora em Lugano – afirma que a obra está na sua família desde o começo deste século.
“O Retrato de Isabella D’Este, atribuído recentemente a Leonardo da Vinci, sempre foi da minha avó, que, porém não conhecia sua atribuição e nem seu valor”, disse.
Cecchini também comentou que seu advogado a recomendou a vendê-la por, no mínimo, 95 milhões de euros e que sua família também é dona de outras pinturas, como uma do artista genovês Sebastiano del Pombo.
Ainda sobre o caso, os investigadores acreditam que ele possa se tratar de um tráfico de arte e que poderão ser encontradas mais obras desaparecidas na região.
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