Quatro discos que você precisa conhecer neste mês

Da capital brasileira até a argentina, das vielas de Pinheiros, em São Paulo, até a praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Brasileiros recomenda quatro discos lançados em janeiro de diferentes artistas, como o paulistano Maurício Pereira e a carioca Wanda de Sá. Veja:

zimbher

Brasília: Carlos Zimbher é figura carimbada, produtor cultural, amigo que está sempre “descendo a Teodoro ou subindo a Cardeal”. Em seu quarto disco como cantor e compositor, homenageia os compositores que admira, a começar por Itamar Assumpção, que participou de seu primeiro disco, em 1998. Produzido por Gui Kastrup, Gustavo Souza e Paulo Lepetit, Zimbher atrai de Zeca Baleiro a Kiko Dinucci, passando por Gustavo Galo, Luiz Gayotto e Juçara Marçal. O cara sabe. Zimbher – Homem Só (Tratore).

pereira

São Paulo: 
Ele é o homem das duplas. Com André Abujamra, formou Mulheres Negras, com o filho Tim, d’O Terno, Pereirinha & Pereirão, com o guitarrista Tonho Penhasco um corpo paulistano e invejável de canções. Aqui acompanhado por Tonho, produtor, Tânia Murakami, teclados, Henrique Alves, baixo, e Gabriel Basile, bateria, Pereirão nos dá boa música, com humor e inteligência aguda. Gravado e mixado no A9 e tem até solo do Luiz Waack! Dupla satisfação. Maurício Pereira – Pra onde que eu Tava Indo (independente).

Wanda Sá

Rio de Janeiro: 
A voz quente que lançou Vagamente (Menescal e Bôscoli) e Inútil Paisagem (Jobim/Oliveira) dá uma aula de bossa nova em CD e DVD. Idolatrada na Europa, Estados Unidos e Japão, Wanda Sá traz para o palco João Donato, Carlos Lyra, Marcos Valle, Dori Caymmi e Jane Monheit para provar que esteve presente antes, durante e depois do suave movimento. Billy Blanco, Newton Mendonça, Johnny Alf, Baden Powell. Não falta nada. E ela ainda vive no Leblon. Wanda Sá – Wanda Sá ao Vivo (Biscoito Fino).

biglione

Buenos Aires: 
Argentino de nascimento, o guitarrista Victor Biglione toca com uma brasilidade que o levou a participar do grupo A Cor do Som e a tocar nosso som em dupla com o policialesco Andy Summers. Em seu novo disco, acompanhado por feras como Arthur Maia e Marco Suzano, privilegia o violão de cordas de aço, aposentado pelo nylon da bossa nova, usando a linguagem de Dilermano Reis, Antonio Rago e Garoto para fazer sua mistura jazzística de speed samba com flamenco. É claro que tem uma do Gardel no meio. Victor Biglione – Violão de aço Brasil (Tratore).


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