Os bancos da Grécia reabriram nesta segunda-feira (20) após três semanas de fechamento imposto pelo governo para evitar o agravamento da crise no sistema financeiro. No entanto, os controles de capitais, em vigor desde 29 de junho, mantêm-se, apesar de o limite diário de 60 euros nas retiradas ter sido flexibilizado para até 420 euros por semana. Segundo o jornal espanhol El País, filas se formam em frente às agências bancárias gregas desde o início da manhã desta segunda. O controle do governo segue em saque de apenas 60 euros por dia.
O controle de capitais já terá custado cerca de 3 bilhões de euros à economia grega, segundo a agência de notícias France Presse. Louka Katseli, presidente da União dos bancos gregos e do Banco Nacional da Grécia, um dos quatro maiores grupos bancários no país, apelou à calma dos contribuintes e para esses voltarem a depositar suas poupanças nos bancos de forma a apoiar a solvência do sistema.
“Se retirarmos o dinheiro dos nossos cofres e das nossas casas – onde, de qualquer maneira não está seguro – e o depositarmos nos bancos, estamos a fortalecer a liquidez [da economia]”, disse ela à televisão local. Um limite de 300 euros em levantamentos por semana vai ser inicialmente imposto até sexta-feira (24), com a restrição a ser flexibilizada para 420 euros a partir de sábado (25). Os cartões de crédito, por sua vez, só poderão ser usados dentro da Grécia.
Já as transferências para outros países vão continuar limitadas, mas é permitido aos pais com filhos que estudam fora que transfiram até 5 mil euros por trimestre e aqueles que tiverem em tratamento médico podem dispor de, até, 2 mil euros. Nesta segunda-feira se encerra o prazo para a Grécia saldar, previsivelmente, parte das suas dívidas aos credores internacionais. Está previsto que a Grécia receba um crédito de 7 bilhões de euros da zona euro destinado a cobrir as suas necessidades mais imediatas, nomeadamente, a devolução de 3,5 bilhões ao Banco Central Europeu (BCE).
Atenas deverá também devolver 1,5 bilhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), uma dívida que deveria ter sido liquidada a 30 de julho, mas que não aconteceu.
*Com Agência Brasil
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