O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, renunciou nesta segunda-feira (6), depois do ‘não’ ter vencido no plebiscito nacional desse domingo (5). A ideia do agora ex-ministro com o afastamento é facilitar as negociações de um novo pacote de resgate que pode ser oferecido pela União Europeia.
Varoufakis disse que, pouco depois de ser anunciado o resultado do plebiscito, foi informado de certa preferência de alguns participantes do Eurogrupo, e de vários parceiros, pela sua ausência nas reuniões. “Uma ideia que o primeiro-ministro considerou ser potencialmente útil para que se conseguisse chegar a um acordo. Por esse motivo, deixo o Ministério das Finanças hoje”, disse Varoufakis, em seu blog, depois de ter feito o anúncio em sua conta oficial no Twitter.
Economista marxista, Varoufakis jogou sempre de forma dura com os credores do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional. Desde sua nomeação em 27 de janeiro, não descansou para conseguir dar a Grécia uma saída mais democrática da enorme crise a qual o país está submerso.
O Banco Central Europeu se reunirá nesta segunda para decidir se continuará com a assistência emergencial de liquidez aos bancos gregos. Desde a última segunda-feira (29), os gregos só podem sacar 60 euros por dia, pouco mais de 200 reais, nos caixas automáticos, devido a uma ordem do governo de fechar os bancos.
O ‘não’ às propostas dos credores obteve 61,31% dos votos no plebiscito, segundo números definitivos divulgados pelo Ministério do Interior. Com a totalidade dos votos contados, o sim foi a escolha de 38,69% dos gregos, enquanto 5,8% votaram branco ou nulo. A abstenção foi 37,5%, em uma gama eleitoral de quase 10 milhões de pessoas.
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