Avaliação do risco político brasileiro se mantém estável, aponta estudo

A consultoria e corretora de seguros AON, em parceria com a Roubini Global Economics, acaba de lançar nova edição do estudo que mensura os riscos para se realizar negócios em 163 países. Na pesquisa deste ano, o Brasil se manteve avaliado com a classificação de “risco médio”, após registrar queda em seu rating em 2014.

De acordo com Keith Martin, consultor de riscos políticos e investimentos no exterior da AON Brasil, o principal motivo para a manutenção da nota se deu pelo fato de as eleições no ano passado não terem conseguido reduzir o ruído no ambiente político, que tem sido bastante afetado pelo baixo crescimento econômico e as incertezas quanto à adoção de reformas econômicas e fiscais.

“Outro fator que influenciou diretamente na estabilidade da avaliação foram os problemas decorrentes das investigações junto a empresas estatais e provedores de serviços, que trouxeram como consequência atrasos em projetos e investimentos necessários ao desenvolvimento do Brasil, principalmente em obras ligadas ao setor de infraestrutura”, argumenta.

Ainda segundo o executivo, as atuais dificuldades enfrentadas pelo País podem ser o início de um período transformador, no qual podem ser criadas oportunidades para reformas favoráveis ao setor privado e, consequentemente, possibilitem maior capacidade de atração de investimentos.  “O novo governo tem um longo caminho a perseguir para recuperar sua credibilidade e há expectativa que esta crise possa gerar resultados positivos a médio e longo prazo”, afirma.


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