Ciberataque compromete 83 milhões de contas do JP Morgan Chase

Um ciberataque contra o banco JPMorgan Chase comprometeu 83 milhões de contas bancárias de clientes – 76 milhões de contas domésticas e 7 milhões de contas de pequenas empresas – e já pode figurar na lista dos piores ataques de hackers da história.

Segundo relatório enviado hoje pelo banco para autoridades regulatórias, o vazamento teria acontecido durante o mês de junho mas apenas teria sido descoberto em julho. O número de contas afetadas confirmado pelo banco é brutalmente maior que o número inicial de um milhão de contas comprometidas que tinha sido informado anteriormente.

Os novos detalhes sobre a extensão do ataque ampliam o problema para a imagem do banco, que pela segunda vez em três meses tem de justificar-se junto ao público. Segundo notícia publicada pelo The New York Times, vários executivos do banco se reuniram na cidade de Naples, na Flórida, para discutir estratégias para lidar com a crise.

Os hackers, segundo as informações, conseguiram entrar fundo nos sistemas de computadores do banco, acessando as contas armazenadas em mais de 90 servidores, e estabelecendo um novo marco para o cibercrime – o ataque às empresas do sistema financeiro global. Até agora, grandes ataques de hackers tinham acontecido em empresas de varejo, como Target e Home Depot.

Diferentes das redes de varejo, o JPMorgan certamente tem a posse de informações financeiras muito mais extensas sobre os consumidores. Investigadores da polícia americana continuam sem entender os motivos do ataque, já que os criminosos aparentemente roubaram dados mas não mexeram num centavo do dinheiro das contas afetadas.

A falta de motivo financeiro aparente para o ataque, fez com que representantes da polícia e especialistas em segurança especulassem um possível patrocínio político, empreendido por governos estrangeiros como a Rússia.

Ainda não está claro como a invasão foi possível. Na época em que o vazamento foi descoberto, o time de segurança do banco verificou que os cibercriminosos tinham ganho privilégios de acesso administrativo aos 90 servidores, segundo fontes próximas ao banco, diz o jornal.


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