“Congresso terá que ficar do lado do internauta brasileiro”, diz Molon

“O Congresso vai ter que escolher se fica do lado do internauta brasileiro ou se vai ficar do lado dos grupos das empresas de internet”, afirmou nesta terça-feira, dia 13,  o relator do projeto do Marco Civil da internet, o deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ).  O projeto deve ser votado no plenário da Câmara ainda este mês.

De acordo com Molon,  o ponto mais polêmico do texto, que trata da neutralidade da rede, evita que a internet se transforme em “uma TV a cabo”, com a possibilidade de provedores de internet cobrarem preços diferenciados de acordo com o “pacote do usuário”. Ou seja, em uma rede neutra o provedor não pode dar preferência a um tipo de tráfego (como acesso a portais, por exemplo) em detrimento de outro.

Outra importante conquista da neutralidade é garantir uma concorrência saudável, que evitaria privilegiar os grandes provedores no que diz respeito a acesso a determinados sites e portais. “Quando digitamos um endereço, é como se o provedor pedisse uma resposta ao site. Quando a resposta vem, se a neutralidade não estiver garantida, o provedor vai perguntar: ‘Você é dos que pagam uma taxa especial para mim?’ Se não for, vai para o final da fila e demora tanto para chegar ao computador que o usuário vai ter escolhido outro site”, disse o relator.

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