Em sua primeira participação em um evento oficial após o afastamento de suas funções, a presidenta Dilma Rousseff descreveu na sexta-feira (21) o clima político criado pela oposição para propiciar o golpe contra seu mandato. Em discurso com críticas ao interino Michel Temer, ela afirmou que seu antigo aliado superestima o rombo nas contas públicas com o intuito de convencer a população sobre a necessidade em cortes sociais.
Ainda na sexta, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que o déficit nas contas do governo será de R$ 170,5 bilhões em 2016, enquanto a previsão da equipe da presidenta é de que a falta de recursos chegaria a, no máximo, R$ 96,7 bilhões.
No discurso de uma hora para blogueiros em Belo Horizonte, Dilma afirmou que Temer instabilizou politicamente o governo com “a política do ‘quanto pior, melhor’”. “Agora, vão começar a dizer que tem um imenso rombo no governo para cortar o que puder. Vão superestimar o rombo.”
Após o anúncio do déficit pela equipe de Temer, Dilma escalou o ex-ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para tentar desconstruir os cálculos do governo interino em entrevista que deve acontecer na próxima segunda-feira, 23.
Déficit
Embora condenasse a opção enquanto Dilma esteve no poder, o governo quer agora que o Congresso autorize que o País encerre o ano com as contas em déficit. Para isso, os parlamentares precisam votar até o dia 30 de maio em um projeto que será encaminhado pelo governo.
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