Empresa eletromésticos anuncia mais de 1,3 mil demissões na Itália

Após comprar 60% da italiana Indesit, a Whirlpool Corporation, um dos maiores fabricantes de eletrodomésticos do mundo, anunciou 1.335 demissões no país, das quais 1.185 em suas fábricas e 150 nos centros de pesquisa.

O corte provocará o fechamento da unidade industrial de Caserta, no sul da Itália, que conta com 815 funcionários. A medida foi informada nesta quinta-feira (16) à União Italiana dos Trabalhadores Metal-Mecânicos (Uilm) durante uma reunião na sede do Ministério do Desenvolvimento Econômico, em Roma.

“Construiremos a reação mais tenaz possível para rejeitar esse plano e esperamos que o governo fique do nosso lado para fazer a Whirlpool mudar de ideia”, declarou Giovanni Sgambati, secretário-geral da entidade na região da Campânia, onde se situa Caserta. O município fica nos arredores de Nápoles, em uma das zonas que mais sofrem com o desemprego no país.

Ao saberem das demissões, os empregados da fábrica na cidade iniciaram uma greve imediata. Já a ministra do Desenvolvimento Econômico, Federica Guidi, disse que o governo fará de tudo para manter os postos de trabalho.

Por outro lado, a Whirlpool também anunciou investimentos de 500 milhões de euros na Itália ao longo dos próximos quatro anos e garantiu que o país está no centro das estratégias de longo prazo do grupo.

A compra da Indesit – uma das principais empresas do setor de eletrodomésticos na Europa – foi fechada em julho do ano passado por um valor de 758 milhões de euros. Na época, o acordo causou preocupação no governo italiano, que viu mais uma de suas companhias tradicionais passar para mãos estrangeiras.


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