Há espaço para bancos crescerem na favela

Pesquisa do Instituto Data Favela, de Celso Athayde e Renato Meirelles, mostra o perfil do consumidor da favela. Oitenta e dois por cento dos habitantes não possuem reserva financeira (porque não sobra para poupar), 53% dizem que está mais difícil hoje pagar as contas, 46% têm comprado menos em supermercados, 74% têm a percepção de que estão gastando mais, comprando o mesmo, mas não estão mais inadimplentes (nível de 22% se manteve de 2013 para 2015).

Sobre bancarização, 4 milhões têm conta corrente; 37%, poupança; e 31%, cartão de crédito. Para Meirelles, o que o sistema financeiro tem de olhar são as oportunidades entre aqueles que não estão inseridos no universo bancário. Prática comum em comunidades, 48% disseram ter usado o cartão de crédito emprestado de parentes ou amigos.

Em 2015, mais de 1 milhão de pessoas pretende comprar TVs, notebooks ou tablets; 1,5 milhão, casa ou apartamento na comunidade; 1,4 milhão, automóvel; 762 mil, motos; 1,6 milhão, geladeira; e 1,5 milhão, máquina de lavar. Ou seja, a percepção de crise no País ainda não chegou à favela, diz Athayde. Nada menos do que R$ 68,5 bilhões serão movimentados pela renda das favelas neste ano.


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