HSBC planeja manter presença no Brasil para atender clientes corporativos

Em nota, o HSBC Holdings confirmou, em Londres, que pretende vender a sua operação no país, mas planeja manter presença no Brasil para atender aos clientes corporativos de grande porte em suas necessidades internacionais. Ou seja,  o banco está em processo de venda de ativos e não de encerramento de suas operações no País, como publicado no jornal Folha de S. Paulo.

“O HSBC está empenhado em garantir a continuidade do negócio e uma transição suave e coordenada para um potencial comprador”, informou o banco em nota. HSBC Brasil é parte da HSBC Holdings, com US$ 2,6 trilhões em ativos e mais de 51 milhões de clientes em 73 países.

De acordo com o informe, o HSBC quer aumentar seus investimentos na Ásia, principalmente na China e na região da Associação de Nações do Sul Asiático (Asean), por meio da expansão do gerenciamento de ativos e de seguros com foco nos mercados emergentes.

“O mundo está cada vez mais conectado. Há expectativa de que a Ásia tenha elevado crescimento e se torne o centro do comércio mundial na próxima década. Estou confiante de que nossas ações vão nos permitir acompanhar as oportunidades de crescimento e dar mais retorno para os acionistas”, disse, em nota, o presidente executivo do banco, Stuart Gulliver.

O plano de reestruturação deve suprimir cerca de 50 mil empregos, dos quais 25 mil com o fim das operações do banco na Turquia e no Brasil. O HSBC, criado em 1865, emprega atualmente 266 mil pessoas em todo o mundo.

O anúncio foi feito cinco dias após o banco ter fechado um acordo com as autoridades da Suíça para pagar 40 milhões de francos suíços – aproximadamente R$ 134 milhões – para encerrar as investigações de lavagem de dinheiro na filial suíça da instituição. De acordo com o promotor-chefe de Genebra, Olivier Jornot, o acordo resultou no maior confisco já feito pela corte da cidade suíça.

Em comunicado, o banco declarou que nem a instituição nem seus funcionários são suspeitos de qualquer crime. O HSBC pediu desculpas aos clientes e investidores pelas falhas do passado nas operações suíças e informou que já revisou os procedimentos.

O HSBC suíço estava sendo investigado desde fevereiro. Conhecida como Swissleaks, a investigação revelou documentos fornecidos por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC em Genebra, ao jornal francês Le Monde e compartilhados com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que reúne profissionais de mais de 40 países.

Escândalo do ‘Swissleaks’

Um dos fatores que podem ter sido cruciais para a mudança de rumos do banco foi o recente escândalo em sua filial suíça. Conhecido como Swissleaks, o escândalo revela que o HSBC pode ter ajudado clientes em um enorme esquema de evasão fiscal, lucrando com a ‘isenção’ de impostos dos correntistas.

No domingo (7), o jornal Folha de S. Paulo divulgou que o banco havia fechado um acordo milionário com as autoridades suíças para encerrar as investigações nos casos de lavagem de dinheiro. O HSBC pagará 40 milhões de francos suíços (cerca de 134 milhões de reais) às autoridades de Genebra. De acordo com o banco, as investigações foram encerradas pela falta de evidências que caracterizassem uma ação criminal. 



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