Luiz Carlos Mendonça de Barros aponta horizonte otimista na economia

O economista e ex-ministro das Comunicações do governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros. Fotos: Reprodução/YouTube
O economista e ex-ministro das Comunicações do governo FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros. Fotos: Reprodução/YouTube

Engenheiro, economista, ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), Luiz Carlos Mendonça de Barros fez uma análise bastante positiva, nesta quinta-feira (31), a respeito da economia brasileira. Em seu comentário semanal na Rádio Bandeirantes, Mendonça de Barros afirmou que economia brasileira funciona, tendo a política correta, ela responde rapidamente, como está respondendo agora.

Leia o principais trechos da análise do especialista:

– Hoje, vendo aqui os jornais, principalmente o Valor Econômico, que se concentra mais na questão da economia, vi vários economistas de bancos,  corretoras e fundos de investimentos começando a fazer um tipo de autocrítica em relação a projeções anteriores da economia.

– Todos eles estão baixando a expectativa  de inflação para este ano. Um deles, que eu respeito muito, e que é do Banco Itaú, disse que essa revisão é porque a recessão forte não permite que os preços continuem crescendo na taxa que vinham antes.

– Agora mesmo acabou de ser divulgado o relatório mensal de inflação do Banco Central, feito com muito cuidado, que projeta a inflação de 2016 em 6,6% (o teto era de 6,5%) e a de 2017, em 4,9%.  As expectativas anteriores eram de até dois pontos percentuais acima.

– Esse relatório ganha ainda mais credibilidade com o mercado indo na mesma direção.

– Sendo um economista com a minha idade e com minha experiência, eu nunca entendi esse pessoal mais novo não correlacionar recessão com queda de inflação. Outro elemento importante nessa revisão é que todo mundo está jogando o dólar para baixo. Há dois meses, essas mesmas pessoas falavam que o dólar seria de R$ 4,5 (valor relativo a US$ 1),  agora já falam em R$ 4,1. O meu número sempre foi um pouco mais baixo porque a recessão e a desvalorização cambial fizeram com que o Brasil realizasse uma mudança nas contas externas extraordinária, para melhor. Nós vamos terminar o ano com déficit em conta corrente, que é toda parte comercial, serviço e de juros, praticamente zerado.

– Ou seja, o custo da recessão, o benefício da recessão está começando a aparecer. Eu não conheço outra forma de lidar com uma inflação tão alta como a que tivemos se não for através de um processo recessivo.

– Quero chamar a atenção para o fato de que a economia brasileira funciona, tendo a política correta, ela responde rapidamente, como está respondendo agora.


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