O deputado federal e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP), é acusado de ter US$ 22 milhões provenientes de desvio de verbas durante sua gestão na capital paulista, entre 1993 e 1996. O dinheiro estaria depositado em contas de empresas de sua família no exterior.
De acordo com o promotor de Justiça Silvio Marques, “há fartura de provas” sobre corrupção na gestão de Paulo Maluf que podem levar ao repatriamento da quantia encontrada na ilha de Jersey, paraíso fiscal britânico. O valor está em nome da Durant International Corporation e da Kildare Finance Limited, empresas controladas pelos filhos de Maluf.
As contas das empresas no paraíso fiscal foram bloqueadas. Ao total, as empresas da família de Maluf têm US$ 175 milhões em dinheiro fora do país.
Segundo o MP, o dinheiro é proveniente de propinas em troca de superfaturamentos e desvio de recursos nas obras da avenida Jornalista Roberto Marinho e do túnel Ayrton Senna em São Paulo.
Com as denúncias, a Prefeitura de São Paulo iniciou uma ação civil na corte da ilha para recuperar o dinheiro. A audiência da ação devem ser encerradas nesta quinta-feira, dia 18. A sentença, porém, só deve sair depois que os juízes locais reexaminem os documentos. Além dessa ação, o Ministério Público abriu duas ações de improbidade e dois processos criminais no Brasil.
Apesar dos advogados das empresas negarem que a origem da quantia seja de atos ilícitos, com o promotor Silvio Marques, afirma que “há inúmeras provas documentais, periciais e testemunhais que mostram cabalmente a corrupção na gestão de Maluf na Prefeitura de São Paulo”.
Maluf nega ter cometido crimes contra o patrimônio público durante sua gestão e que teve ou tem contas no exterior.
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