Oitocentos trabalhadores da Volks e 244 da Mercedes foram demitidos nesta semana. Os funcionários das empresas declararam greves para tentar reverter a decisão. Desta vez, a queda de braço não pende para os funcionários.
O cenário do setor automotivo começou a desandar. As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caíram 7,15% em 2014, segundo a Fenabrave. Foi a maior queda em 12 anos.
A julgar pelas recentes declarações do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o que era doce se acabou. O governo – salvo interferências da presidenta Dilma Rousseff – não vai mais mexer os pauzinhos do IPI para dar sobrevida às vendas de veículos.
E não só para este setor. Não haverá mais favorecimentos pontuais. “Não podemos procurar atalhos e benefícios que impliquem redução acentuada da tributação sem considerar seus efeitos na solvência do Estado”, afirmou Levy.
Cedo ou tarde, a desaceleração da economia bateria no mercado de trabalho. Pois começou a bater em um setor que é grande empregador. 2015 começa com maus sinais. Não será um ano fácil para os trabalhadores.
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