Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo aponta que a economia brasileira está se estabilizando e poderá se recuperar mais rapidamente do que o esperado. O jornal afirma que a retomada do crescimento resultou dos “ajustes feitos ainda pela administração de Dilma Rousseff”.
O jornal cita Caio Megale, economista do Itaú Unibanco: “O Temer herdou de Dilma 2 uma economia melhor do que Dilma 2 herdou de Dilma 1”. Ele diz que, “em abril, pela primeira vez em dois anos, faltaram carros para entregar”. Os estoques de bens duráveis (como eletrodomésticos) e da produção de máquinas e equipamentos mostram que a economia já começou a melhorar. E tudo isso ocorreu antes do afastamento da presidenta Dilma, em 12 de maio.
O Banco Bradesco revisou recentemente sua projeção para o PIB do segundo trimestre de uma contração de 0,5% para -0,1%. “Não é pouca coisa”, afirma Igor Velecico, economista do banco. Segundo ele, após a consolidação da estabilização, começará uma retomada da economia.
Segundo os analistas, as mudanças implementadas que Dilma que tiveram maior impacto positivo não foram os cortes no Orçamento, e sim a correção dos preços que estavam distorcidos, como a tarifa de energia e da gasolina. Isso afetava negativamente o balanço das empresas desses setores e alimentava expectativas de que a inflação ainda subiria muito, o que acabou não se comprovando.
Outro fator importante foi a desvalorização do real, que contribuiu para a recuperação das exportações e uma redução expressiva das importações: “Como os estoques das empresas finalmente pararam de subir e há um vasto contingente de desempregados, qualquer recuperação tímida da demanda poderá levar a uma retomada da produção”, afirma o jornal.
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