Tecnologia na cama
A Lovetoys Erotic Boutique, com duas lojas em São Paulo, promete aquecer o amor com brinquedos de adultos
Uma das mais sofisticadas do País, a sex shop Lovetoys Erotic Boutique tem, há dois anos, duas lojas em São Paulo: uma na Rua Oscar Freire, nos Jardins, e outra na Avenida Miruna, em Moema. A proprietária, Valéria Albuquerque, tem uma distribuidora de produtos eróticos e uma importadora, e resolveu se estabelecer no varejo com um conceito mais elegante. “Minha ideia foi oferecer itens com diferencial de embalagem e tecnologia avançada”, diz ela. No entanto, segundo Valéria, seus produtos não são caríssimos, apenas refinados. Além disso, os ambientes das lojas são bonitos, de bom gosto, afastando a velha ideia de que o mercado erótico não pode ser clean. Foram investidos R$ 650 mil na unidade dos Jardins (200 m2) e R$ 480 mil (80 m2) na de Moema. Valéria mantém seis funcionários. Sua clientela é majoritariamente composta por mulheres e casais
das classes A e B.
“Recentemente tem surgido também uma moçada de 18 a 20 anos interessada em conhecer a casa da Oscar.” Seu catálogo exibe cerca de 400 produtos. O modelo de negócio não prevê, por enquanto, vendas on-line. O site da empresa apenas expõe os produtos e os preços. “Os conceitos são diferentes. Meus clientes gostam de ter um atendimento ersonalizado, tocar os produtos e tomar um frisante. É um espaço de encontros e troca de ideias.” Os planos para o futuro já estão em fase adiantada. Ela formatou um projeto de franquia e espera o melhor momento econômico para lançá-lo.
Distribuidora de prazeres
Empresa produz acessórios e cosméticos para todos os públicos, até para evangélicos
A INTT Cosméticos fabrica mais de 150 produtos da linha de cosmético erótico, como vibrador líquido e velas hidratantes.
Mas também oferece itens tradicionais, na linha de algemas e corselets. O foco são as distribuidoras, conta a dona do negócio, Alessandra Seitz, mas também atende consumidores finais. Tem 25 funcionários no site – não há loja física – e 15 na fábrica.
O negócio foi aberto em 2009. Ela tinha uma fábrica de embalagens, viajou para Munique, na Alemanha, e se encantou com as sex shops locais, pelo zelo como embalavam os produtos. “Nosso principal cuidado é no processo final. Temos embalagens especiais para que não haja contato dos produtos com o ar e contaminação”, explica. Apesar do atual momento econômico, Alessandra percebeu que a procura por seus produtos aumentaram.
“As solicitações de compras tiveram um aumento de 25% nos últimos dois meses.” Um dos carros-chefe é a linha Cinquenta Tons de Prazer, que traz produtos como géis de massagem corporal e géis comestíveis aromatizados com vinho tinto. Outro diferencial é uma linha para evangélicos com rótulos discretos, cheiros, princípios ativos e gostos mais suaves, da
In Heaven. Os quatro produtos da linha são Pure (adstringente, que promove a sensação “virgem de novo”), Vibe (vibrador líquido), Mais Prazer (excitante feminino) e Mais Tempo (prolongador de ereção). Todos produzidos e distribuídos
pela INTT Cosméticos. Outros 16 produtos devem ser lançados nos próximos meses.
Sexo com desconto
A loja virtual Pimenta Love funciona apenas com o proprietário, Mauro Anauate, e oferece 800 produtos. Mulheres são as maiores compradoras
Mauro Anauate cursou Comunicações na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, mas nunca gostou da ideia de ter patrão. Teve um posto de gasolina, só que o negócio não deu certo. Trabalhou como corretor de imóveis por algum tempo, bastante contrariado. Teve então a ideia de montar uma sex shop virtual, “até porque não tinha recursos para bancar uma física”, diz o proprietário da Pimenta Love. Pegou suas economias – de R$ 50 mil – e abriu a empresa em dezembro
de 2012. Depois de quase três anos, agora ele considera que o negócio amadureceu. O escritório da empresa fica no Jardim Paulista, na zona oeste de São Paulo, e Anauate é o faz-tudo: não tem nenhum funcionário. Seu faturamento mensal bruto soma R$ 20 mil. As mulheres são 60% da clientela, que gastam cerca de R$ 70 por compra. “Muitas delas nunca entraram em uma loja física por constrangimento. As pessoas têm vergonha de serem vistas em um local assim. Por isso, vendo para o Brasil todo, principalmente para cidades pequenas.” Hoje, há três mil clientes cadastrados. No portfólio da Pimenta Love, há 800 produtos: “Ainda poucos, em comparação à concorrência”. Os mais procurados são pênis realístico, vibradores e cosméticos, como gel para sexo oral e anal. Para compras acima de R$ 99, o frete é gratuito. Anauate se compromete a entregar os pedidos
em 48 horas nas capitais e dá 5% de desconto para compras à vista. Bem-humorado, ele diz que testa todos os produtos, até “para explicar” aos clientes que ficam cheios de dúvidas.
Sedução pela rede
A Me Seduza Boutique Sensual vende produtos apenas por e-commerce. A loja funciona em Santa Catarina e investe em divulgação pelas redes sociais
Em 2011, Mirela Votre Bittencourt fazia mestrado em Marketing. Como projeto de conclusão de curso, bolou uma sex shop on-line, o que era raro à época. Em janeiro deste ano, ela e o marido, Thiago Bittencourt, estrearam a loja virtual. E, por enquanto, só os dois trabalham no negócio. Com esse tempo de vida, o site já tem 200 clientes cadastrados. “A grande maioria é de mulheres na faixa de 35 anos e com relacionamento fixo”, diz Mirela. Segundo ela, a privacidade é a principal motivação das suas clientes, que temem encontrar com alguém conhecido em lojas físicas e não se sentirem à vontade com os vendedores.
Com sede em Criciúma (Santa Catarina), a loja tem mais de 600 produtos em catálogo, que vão de perfumes, lingeries, vibradores e objetos de sadomasoquismo e fetiche. Os clientes são principalmente de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A divulgação da loja se dá por meio de redes sociais, como Facebook, Pinterest, Twitter e Instagram. Também lança mão do Google AdWords. Só no FB, tem mais de 3,4 mil seguidores, o que indica o potencial de crescimento da clientela. A empreendedora participa ainda da Erotika Fair, que em março deste ano recebeu cerca de 30 mil visitantes e movimentou algo em torno de R$ 12 milhões em negócios.
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