Segundo Flávia Altheman, diretora de Marketing e Inteligência de Mercado da Via Varejo (que administra Casas Bahia e Ponto Frio), falar com as massas é “falar com todo mundo”. É preciso acompanhar os costumes e hábitos dos moradores de favelas para oferecer o que precisam e desejam. “A Casas Bahia nasceu assim há 60 anos e assumiu que seu consumidor era a massa”. Para isso, procura ajudar os consumidores a realizar seus sonhos, com atendimento cordial e condições de pagamento que caibam no seu bolso.
Ricaro Papp, da Young and Rubican (que atende a Via Varejo) diz produzir cerca de 350 filmes por mês para a a Casas Bahia e o Ponto Frio. Segundo ele, é preciso fazer uma imersão no cliente final e entender seus sonhos.
Para PC Bernardes, renomado compositor de jingles da Africa, “a música ajudar a conquistar as classes C, D e E. Segundo ele, o importante “não é o que você diz, mas o que os outros entendem”; Deste ponto de vista, a Via Varejo faz a comunicação correta. E complementa: “há uma grande diferença entre apoiar e abraçar. O abraço tem contato e depende de dois [lados]”,referindo-se à parceria entre o publicitário e o varejista. Mas ele destacou que a favela não pode só consumir bens, mas “valores, ética e educação”.
Os três insistiram na responsabilidade ética das empresas e na necessidade de elas deixarem legados à comunidade que compra seus produtos, como ações sociais e culturais.
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