O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (7) que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, “não é demissionário”, contrariando reportagem do jornal Folha de S. Paulo da quinta-feira (6) que diz que ele teria deixado seu cargo à disposição informalmente. Mantega – que participou do Encontro de Política Fiscal 2014, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo – evitou dar mais explicações sobre o caso.
O Banco do Brasil divulgou nota na quinta-feira negando que Bendine tenha pedido para deixar o comando. “O Banco do Brasil informa que eventuais nomeações e demissões de presidentes ocorrem conforme determina o Estatuto Social da Organização. Nesse sentido, o BB nega especulações sobre ‘entrega de cargo’ e lamenta a publicação de boatos”, diz um trecho do documento.
Presidente do BB desde 2009, Bendine foi envolvido em diversas denúncias recentes, feitas pelo jornal Folha de S. Paulo. Em uma delas, o banco teria concedido empréstimo de R$ 2,7 milhões a empresa Torke Empreendimentos, da socialite Val Marchiori, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, o que seria uma ação que contraria normas tanto de ambos os bancos.
Além disso, a Receita Federal autuou Bendine por não comprovar a origem de cerca de R$ 280 mil em seu patrimônio. Também, um ex-motorista do Banco do Brasil, em depoimento ao Ministério Público Federal, afirmou ter feito vários pagamentos em dinheiro a pedido do presidente do BB. Ambas as denúncias foram divulgadas pela mesma Folha de S. Paulo.
Desgastado, já surgem nomes para substituir Bendine. Os mais cotados são o secretário-executivo da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, e Alexandre Abreu, vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil.
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