Uma das desculpas para entregar o pré-sal a empresas estrangeiras de petróleo era a constante desvalorização do preço do barril, em queda livre desde 2015 em razão do excesso de produção. Mal a Lei da Partilha do campo brasileiro foi alterada, e, como esperado, a maré virou: produtores entraram em acordo para diminuir a quantidade da commodity na praça e o preço do barril subiu, valorizando a Petrobras.
A cotação do tipo Brent atingiu US$ 40,84 dólares (valorização de 5,47%) após o anúncio de que os estoques nos Estados Unidos caíram ao mesmo tempo em que os maiores produtores entraram em acordo para cortar suas produções.
Com a medida, os papéis preferenciais da Petrobras se valorizaram 2,08% e foram cotadas a R$ 7,37. Só na última semana, as ações da estatal subiram 55,4%, segundo a consultoria Economática, valorizando a companhia em R$ 11 bilhões: saiu de US$ 19 bilhões para US$ 30 bilhões, a terceira maior entre as 2 mil companhias de capital aberto na América Latina e Estados Unidos.
Para alguns analistas, no entanto, as ações da Operação Lava Jato também contribuíram para a valorização dos papéis. Na quinta-feira (3), foi publicada a suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral em que ele acusaria a presidenta Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva de conhecerem o esquema de corrupção na Petrobras. No dia seguinte, a Polícia Federal obrigou o ex-presidente a depor em seu escritório no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo.
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