A Artemisia, organização sem fins lucrativos, tem como missão inspirar, capacitar e potencializar talentos e empreendedores. Fundada em 2004, seu papel é acelerar empresas que apresentam soluções para os problemas sociais do País. Segundo Maure Pessanha, diretora-executiva da entidade, seu alvo são startups que tenham como foco baixa renda e causem impacto social positivo. Brasileiros mostra nesse mês quatro desses casos. O primeiro retratado foi Felipe Cunha, da Tô Garantido, na semana passada. Em seguida, foi a vez de Orestes Maciel, da MultiOrto.
Fernando Assad, Marcelo Coelho e Igiano Lima, do Projeto Vivenda
Fernando Assad, Marcelo Coelho e Igiano Lima uniram-se, em 2013, em torno de uma ideia: o Programa Vivenda, que visa reformar residências no Jardim Ibirapuera (zona sul de São Paulo), de modo a melhorar a qualidade de vida da população local. Desde março do ano passado, a empresa já propiciou um upgrade em 88 casas. Assad lembra que o Brasil tem um déficit habitacional de seis milhões de unidades, além de 12 milhões que precisam de aperfeiçoamentos. Ou seja, há muito trabalho pela frente. Eles oferecem um pacote completo para o dono do imóvel. Em primeiro lugar, facilitam o crédito, por meio do Banco Pérola. Na sequência, treinam mão de obra, contratam arquitetos e engenheiros para assistência técnica e, por fim, proveem material de construção. O custo da obra é pago em 14 vezes, desde que a prestação não ultrapasse 30% do comprometimento de renda das famílias. As pequenas obras são feitas com kits de reformas de banheiro e cozinhas, com revestimento, ventilação e equipamentos antiumidade, para assegurar a saúde dos moradores. O investimento inicial do Vivenda, de R$ 48 mil, foi captado como o auxílio da Artemisia, e R$ 16 mil vieram da Giral Consultoria, de propriedade de Assad. Alguns empréstimos e doações fizeram o capital subir a R$ 500 mil. A meta da empresa é reformar cerca de 40 casas por mês.
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