Queda na produção industrial se intensifica no Brasil puxada por alimentos

Segundo IBGE, a produção de alimentos foi 6,2% menor em julho na comparação com o mês anterior
Segundo IBGE, a produção de alimentos foi 6,2% menor em julho na comparação com o mês anterior

Puxada por alimentos, a produção industrial brasileira caiu 1,5% entre junho e julho deste ano e 8,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil acumula perdas de 6,6% na produção industrial em 2015 e de 5,3% em 12 meses.

A retração na produção industrial se refletiu em 14 dos 26 ramos pesquisados pelo instituto. A principal influência negativa em julho foi da indústria de alimentos, cujo desempenho despencou 6,2% em relação ao mês anterior.

As atividades de bebidas também caíram 6,2% e as de coque – produtos derivados do petróleo e biocombustíveis – recuaram 1,7%.  Mas a queda na produção do sétimo mês do ano ocorreu em praticamente todas as categorias econômicas. Os bens de capital tiveram redução de 1,9% e os intermediários, 2,1%. Para os bens de consumo, foi registrada queda de 1,1%, apesar do aumento de 9,6% na produção de bens duráveis. A produção dos semiduráveis e dos não duráveis foi 3,4% menor .

O desempenho da indústria de veículos também chama a atenção. Embora ela tenha crescido 1,4% em julho na comparação com o mês anterior, o setor – que inclui reboques e carrocerias – acumula queda de 20,2% no acumulado do ano.  

A maior queda nos sete primeiros meses do ano, no entanto, foi registrada nos equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: 29%. Os itens farmacêuticos e farmoquímicos recuaram pelo terceiro consecutivo, total de 15,5%.

Dentre os ramos pesquisados, três acumulam resultados positivos este ano. Com alta de 8,4%, a indústria extrativa lidera seguida de produtos diversos (2,9%). A indústria de celulose, papel e produtos de papel variou 0,3% entre janeiro e julho.

Na avaliação do gerente da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, o resultado de julho demonstra força no ritmo de queda. “Quando a gente observa os resultados mês a mês, há claramente um aumento na intensidade dessa perda”, diz ele, que acrescenta: “Desde setembro do ano passado, são oito meses de taxas negativas e só em três meses tivemos avanços na produção. E essas taxas positivas foram ligeiramente positivas”.

A queda registrada em julho é a maior do período citado por Macedo. Em abril, a produção havia caído 1,4%. Os únicos resultados positivos desde setembro foram 0,1% em outubro, 0,3% em janeiro e 0,4% em maio.

O pesquisador do IBGE aponta que uma série de fatores estão influenciando a redução da produção: “baixo nível de confiança do empresário, reduzindo o investimento, baixo nível de confiança do consumidor, o que diminui a demanda, deterioração do mercado de trabalho, aumento da taxa de desemprego, escassez do crédito”, enumera.


Comentários

Uma resposta para “Queda na produção industrial se intensifica no Brasil puxada por alimentos”

  1. Avatar de JORGE ALMADA
    JORGE ALMADA

    STA AÍ MAIS UM PORCENTUAL DE QUEDA NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL, RESULTADO DA POLÍTICA DO GOVERNO EM AUMENTAR AS TAXAS DE JUROS PARA REDUÇÃO DO CONSUMO. VEJAM QUE O CONSUMO ESTÁ TÃO BAIXO QUE O POVO DEIXOU DE COMPRAR ALIMENTOS QUEDA DE 6,2% NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS. QUANTO A QUEDA NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL SE NADA FOR FEITO PARA INCENTIVAR A PRODUÇÃO INDUSTRIAL NO BRASIL, COMO REDUÇÃO DO CUSTO BRASIL, INCENTIVOS A PRODUÇÃO, MELHORIAS QUALIDADE E PRODUTIVIDADE SERÁ O FIM DO NOSSO PARQUE INDUSTRIAL E CONSEQUENTEMENTE TEREMOS MILHÕES DE DESEMPREGADOS . ACORDA BRASIL ANTES QUE SEJA TARDE!!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.