O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou, no segundo decêndio de março, variação de 0,84%, uma alta de 0,68 ponto percentual em relação ao índice de 0,16% da primeira prévia do mesmo período do mês passado.
O IGP-M é utilizado para a correção de contratos de aluguel e como indexador de algumas tarifas administradas pelo governo como, por exemplo, energia elétrica.
O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência.
Os dados relativos ao IGP-M foram divulgados na manhã desta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Eles indicam que a alta desta segunda prévia foi determinada pela elevação dos preços ao consumidor, mas principalmente no atacado.
O Índice de Preços no Atacado (IPA), que tem peso de 60% na composição do IGP-M, passou de uma variação negativa de 0,22% na segunda prévia de fevereiro para uma alta de 0,75% na segunda prévia do mês de março – uma elevação de 0,97%.
A principal contribuição para a alta do IPA no segundo decêndio da março foram os preços dos produtos inseridos no índice referente a matérias-primas brutas que registrou variação de 1,44%, elevação de 3,08 ponto percentual em relação a variação negativa de 1,64% registrada no segundo decênio do mês anterior.
Produtos como soja em grão, com uma alta que chegou a 13,45 ponto percentual; e minério de ferro (4,59 ponto percentual) foram determinante para a elevação dos preços no atacado.
Embora com contribuição menor para a aceleração da segunda prévia do IGP-M, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% na composição do indicador, registrou variação de 1,36%, no segundo decêndio de março, contra 1,02% do mesmo período do mês anterior – uma aceleração de 0,34 ponto percentual.
Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para a contribuição do grupo habitação que foi 1,3 ponto percentual (de 1,13% para 2,43%). A alta foi pressionada pelo item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 3,37% para 12,89%.
Também foram computados acréscimos nas taxas de variação dos grupos alimentação (0,72% para 1,01%); saúde e cuidados pessoais (0,40% para 0,72%); e vestuário (-0,12% para -0,08%).
O único a registrar queda entre um decêndio e outro foi o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que tem peso de 10% na composição do IGP-M, e apresentou variação de 0,22%, registrando desaceleração de 0,39 ponto percentual no período.
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