A agência de avaliação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a nota de crédito do Brasil de “BBB” para “BBB-“. Isso sinaliza menos confiança para os investidores aplicarem seu dinheiro no país.
Em nota, a agência justifica: “Os sinais enviados pelo governo quanto às suas políticas ainda não são claros, gerando implicações negativas para as suas contas fiscais e para a credibilidade de sua política econômica. O rebaixamento reflete a combinação da deterioração fiscal, a perspectiva de que a execução fiscal continuará fraca diante de um baixo crescimento nos próximos anos, de uma capacidade reduzida para ajustar suas políticas antes das eleições presidenciais e do ligeiro enfraquecimento das contas externas do Brasil.”
O Ministério da Fazenda reagiu. Disse que a redução da nota é “inconsistente” com a realidade da economia brasileira e “contraditória com a solidez e os fundamentos do Brasil.”
Para analistas, esse rebaixamento não deve ter grande impacto econômico imediato, já que era esperado por parte do mercado, mas aumenta a pressão sobre o governo para que melhore a gestão fiscal.
O grau de investimento significa que um país é seguro para investidores e considerado bom pagador de seus compromissos. O Brasil conquistou o grau de investimento em 2008. No final de 2011, a Standard & Poor’s subiu a classificação do Brasil de BBB- para BBB, um degrau acima dentro do grau de investimento.
Agora, com a nota BBB-, o país está no limite. Um eventual novo rebaixamento significaria a perda desse grau na avaliação da Standard & Poor’s e traria diversos impactos negativos à economia, como maior custo de captação de recursos, depreciação do câmbio, redução do fluxo de investimentos para o Brasil e dificuldades para controlar a inflação.
Analistas, no entanto, afirmam que não há sinalização de que as agências pretendam retirar essa classificação do Brasil no curto prazo.
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