A taxa básica de juros, Selic, deve subir pela sexta vez seguida. A estimativa é de analistas do mercado financeiro que projetam mais uma alta de 0,5%, com a taxa em 13,75% ao ano. Neste momento, a Selic está em 13,25% ao ano e, na visão do mercado financeiro, a taxa deveria estar em 14% ao final deste ano.
As elevações da taxa de juros fazem parte de uma tentativa do Banco Central de conter a inflação, que deve estourar o teto da meta para o ano. Na avaliação dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumir (IPCA), deve chegar a 8,39% neste ano. Esta projeção sobe a sete semanas seguidas. A projeção do próprio BC indica uma inflação acima da meta, em 7,9%.
A Selic é usada nas negociações de títulos públicos com o Sistema Especial de Liquidação e Custódia e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central contém o excesso de demanda que pressiona os preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando se reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia no controle da inflação.
Embora ajude no controle dos preços, a elevação da taxa prejudica a economia que enfrenta um ano de recessão. De acordo com o mercado financeiro, a economia deve ter uma retração de 1,27% este ano. A estimativa da última semana para o Produto Interno Bruto (PIB) era de queda de 1,24%.
A pesquisa do Banco Central para indicadores econômicos divulgados nesta segunda-feira (1º) também mostra que o dólar deve chegar a R$ 3,20 até o final deste ano. A expectativa para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP – DI) permanece em 7,03% este ano, e atingirá os 5,5% até 2016. Já para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP – M) a estimativa passou de 6,97% para 6,87% este ano, e segue como 5,5% em 2016.
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