Depois de fechar a semana passada cotado a R$ 3,24, a maior cotação desde 2 de abril de 2003, o dólar comercial registrou uma nova alta nesta terça-feira (17), sendo negociado a R$ 3,27, o maior nível desde 2 de maio de 2003. A valorização da moeda norte-americana já mudou o panorama de algumas atividades comuns, como fazer compras em Free Shops ou ir aos Estados Unidos para adquirir enxovais de casamento e de bebês. Até roupas – antes imensamente mais baratas nos EUA – estão custando preços parecidos ao do Brasil.
Os leitores de Brasileiros também estão convivendo com dificuldades no cotidiano por causa do valor do dólar: na nossa enquete da semana passada, 60% deles disseram que o valor da moeda norte-americana já os afetou de alguma maneira. Outros 40%, porém, afirmaram que, até agora, não sentiram diferença no aumento cambial.
A recuperação da economia dos Estados Unidos, que aumenta a possibilidade de elevação dos juros norte-americanos, tem feito o dólar se valorizar em relação a várias moedas. Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capital para países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar para cima. Os problemas internos na economia brasileira também fazem com que a moeda norte-americana se valorize mais. Economistas defendem a implementação do plano de ajustes financeiros do governo federal e a sinalização de outras medidas para recuperar a confiança do mercado e reduzir a especulação cambial.
Nesta semana, Brasileiros te pergunta: depois de um fim de semana em que 210 mil pessoas foram às ruas de São Paulo protestar contra o governo da presidenta Dilma Rousseff e sugeriram diversas alternativas, que vão desde a renúncia dela até intervenção militar, qual dos pedidos dos manifestantes contrários ao governo é mais absurdo? Clique aqui e vote.
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