A Libertadores é testemunha

2004. Foi nesse ano a última vez em que uma Copa Libertadores foi decidida sem que um dos times envolvidos fosse do Brasil. 10 anos depois, a situação volta a se repetir, e dessa vez o o vexame nacional foi ainda maior, já que o clube que mais longe chegou foi o Cruzeiro, que caiu nas quartas-de-final para o San Lorenzo da Argentina.

Aliás, o time do Papa Francisco, o San Lorenzo, foi o grande carrasco dos brasucas, ganhou no último jogo da primeira fase do Botafogo, acabando com as chances dos cariocas avançarem. Nas oitavas bateu o Grêmio e nas quartas o Cruzeiro, um verdadeiro massacre com sangue verde e amarelo jorrando para todos os lados. 

O nacional do Paraguai, o outro candidato ao título, veio comendo pelas beiradas. Se classificou no sufoco, na última rodada da fase inicial, mas nas oitavas mostrou força ao tirar o tradicional Velez da Argentina. Nas quartas e na semi bateu times de menor expressão, Arsenal de Sarandí e o Defensor, respectivamente, mas chega na final com totais condições de peitar os favoritos.

Para quem acha que a derrota de 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo desse ano foi uma fatalidade, aí está mais uma prova do retrocesso do nosso futebol, que é um problema muito mais administrativo do que técnico, propriamente dito, mas que acaba, inevitavelmente, tendo reflexos dentro de campo. Após 10 anos , 6 títulos e 3 vices na competição mais importante do continente, o Brasil asiste pela televisão a decisão, que começa na quarta-feira que vem, entre dois times que nunca haviam alcançado tal patamar.


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